A empresa do ônibus que se acidentou na BR-282 nesse fim de semana e causou a morte de nove pessoas, recebeu 1,5 mil autos de infração nos últimos cinco anos, porque os veículos não estavam adequados aos padrões da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). Segundo o Jornal Zero Hora, a ANTT também registrou 299 ocorrências de reclamações contra a empresa no ano de 2014. Para o coordenador de Fiscalização de Transporte Rodoviário de Passageiros da ANTT, Felipe da Silva Medeiros, este é um número bastante alto para o período de 12 meses.
Por meio de nota oficial, a Reunidas "reafirma seu compromisso permanente com a segurança de motoristas e passageiros e trabalha constantemente para a melhoria de infraestrutura e serviços, garantindo maior qualidade. A empresa recorreu de diversas autuações por considerar que não estavam corretas e reafirma o compromisso de buscar sempre a melhoria na qualidade dos serviços".
Laudo Pericial
Conforme publicação do Diário Catarinense, a Polícia Civil de Alfredo Wagner/SC aguardará laudo pericial para afirmar qual era, no momento do acidente, a velocidade do ônibus que caiu de uma ribanceira na BR-282 na madrugada de domingo. Na segunda-feira, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a empresa Reunidas, responsável pelo coletivo, divergiram quanto ao dado: enquanto a corporação afirmou que o veículo estava a 120 km/h, a empresa divulgou nota dizendo que o coletivo trafegava a 73 km/h.
— A leitura do tacógrafo tem de ser pericial. O perito é quem vai me dar a informação correta (para ser incluída no inquérito) — ressalta o agente de polícia Vanderlei Kanopf, responsável pela delegacia do município.
