A primeira audiência para ouvir testemunhas sobre o desaparecimento e a morte do jovem Robson Junior Mendes de Lima, de 20 anos, que ocorreu há quase um ano, foi realizada na tarde da última terça-feira, no Fórum de Passo Fundo.
O juiz da 1a Vara Criminal, Rafael Echevarria Borba, foi quem ouviu as testemunhas e revogou as prisões preventivas dos três envolvidos. Borba determinou que, as preventivas fossem substituídas por medidas cautelares, enquanto o processo corre em juízo.
Como consequência, os envolvidos foram proibidos de manter contato com os familiares da vítima e com as testemunhas, como também, de se ausentarem da Comarca sem prévia autorização do juízo. Ainda foi determinado o recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga.
Na conclusão do juiz:
“Os fatos são graves, como todo o crime de homicídio e de ocultação de cadáver, no entanto, tendo em vista que os fatos ocorreram em 11/02/2014, a fim da garantia da ordem pública, no caso concreto não vejo necessidade de manutenção das prisões preventivas, as quais podem ser substituídas por medidas cautelares diversas da prisão, pois, sabidamente, a instrução somente se encerra quando da realização do Plenário em caso de pronúncia.”
Relembre
O corpo de Robson Junior Mendes de Lima, de 20 anos, foi encontrado na localidade de Lagoa Bonita, entre Passo Fundo e Pontão, com perfurações de tiros na cabeça, quatro dias após o seu desaparecimento. Um caminhoneiro que passava pelo local enxergou o corpo em uma valeta às margens da estrada secundária. O jovem desapareceu na noite de terça-feira (11), após um amigo tê-lo deixado em frente a Escola Estadual de Ensino Fundamental Ana Willig, local onde foi visto pela última vez. Conforme relatos de familiares, o jovem estudava na escola, mas havia recebido uma suspensão no dia anterior, quando se envolveu em uma briga.
Prisões
Três homens foram presos no dia 15 de setembro, indiciados pela autoria do homicídio de Robson. Agentes da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos (DEHD), sob o comando da delegada titular, Daniela de Oliveira Mineto, investigaram durante seis meses o caso, até chegar na autoria do crime.