Irmãos são presos durante Operação Laçador

A equipe da DEHD prendeu os dois suspeitos do duplo homicídio registrado no final de semana anterior

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Em menos de uma semana, a equipe da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos (DEHD), sob o comando do delegado substituto, Adroaldo Schenkel, elucidou o duplo homicídio registrado no final de semana anterior. Na manhã desta sexta-feira (06), durante a Operação Laçador, os dois irmãos de 27 e 28 anos, suspeitos de matar Felipe Alerico e Ivan Cesar Leite, ambos de 25 anos, foram presos em suas residências, localizadas no bairro São Luiz Gonzaga e Santa Maria.

Segundo Schenkel, a partir do momento em que o primeiro corpo foi encontrado às margens da estrada velha da Roselândia, durante a tarde de domingo (1o), os policiais iniciaram a investigação. Já na segunda-feira, quando o segundo corpo foi encontrado, degolado, às margens da estrada secundária, na localidade de Camponesa, a equipe passou a trabalhar com a possibilidade de haver ligação entre os dois fatos. “Logo na descoberta dos cadáveres, com claras características de execução, a equipe iniciou o trabalho. Graças ao desempenho rápido e perspicaz dos policiais, identificamos os dois irmãos que estão sendo indiciados e os prendemos preventivamente”, diz.
O delegado explica que a partir de depoimentos de testemunhas e de provas técnicas, foi possível reconhecer, também, o lugar onde a segunda vítima foi morta. “Ao contrário de Felipe, que foi executado com vários tiros na cabeça, no local onde o corpo foi encontrado, Ivan foi morto em uma chácara, na entrada da Vila Mattos e depois desovado próximo a Efrica”, esclarece. Além das prisões, um automóvel Fiat/Ka, de cor vermelha, que pertence a um dos irmãos presos, foi apreendido. O que chama a atenção da polícia, é que o tapete do porta-malas não foi encontrado. “Acreditamos que o tapete foi retirado para esconder os indícios de que o corpo foi levado de um lugar ao outro, ali, no porta-malas”, salienta.

Investigações

Schenkel afirma que para se obter um resultado tão rápido na investigação, rever os últimos passos que as vítimas deram, foi fundamental. “O trabalho dos investigadores aqui da Homicídios iniciou por aí: onde eles estiveram, quais as relações deles. A partir do momento em que identificamos que estavam juntos no Parque de Rodeio, na Roselândia, é que se seguiram as investigações, que culminaram nas provas técnicas já obtidas e de outras provas, também, técnicas, que estão sendo trabalhadas, além de depoimentos de testemunhas que nos deixaram categoricamente com a afirmação da execução”, relata.

Para o delegado, as execuções ocorreram de forma brutal, em especial a do Ivan, que teve o pescoço cortado, além de ter sido ferido com tiros. Uma testemunha relatou a morte de Ivan, já que ouviu todo o desenrolar, do outro lado da linha telefônica. Conforme a polícia, a vítima implorou para lhe deixarem viva, mas, sem qualquer chance de defesa, foi assassinada. “A partir da juntada de todos esses elementos, com a convicção policial de que estávamos no caminho certo, representamos pela prisão preventiva e por mandados de buscas nas residências dos investigados”, conclui.

A motivação, conforme Schenkel, ainda não está clara, mas as informações obtidas é de que as vítimas tinham um desentendimento com um dos suspeitos, além de dívidas – de uso ou venda de drogas. O juiz da 1a Vara Crime, Rafael Borba, expediu os mandados de prisão e buscas nas casas dos investigados, que foram cumpridos na manhã desta sexta-feira pela equipe da DEHD, com o apoio de policiais da Defrec. Ambos os suspeitos, devem ser indiciados por duplo homicídio dupla ou triplamente qualificado.

 

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