Após pouco menos de cinco meses detido no Presídio Regional de Passo Fundo, o advogado Maurício Dal Agnol conseguiu, na noite de sábado (14), um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello. Às vésperas de completar um ano da Operação Carmelina, da Polícia Federal e do Ministério Público, que investiga o desvio de mais de R$ 100 milhões que deveriam ser pagos a cerca de 30 mil clientes, Dal Agnol deixou a casa prisional por volta da 1h30 da madrugada de domingo. Ao deixar o local, ele estava visivelmente mais magro e portava algumas sacolas plásticas nas quais estavam seus pertences. Do lado de fora, um carro o aguardava. Antes de entrar no veículo, Dal Agnol tropeçou e seus pertences caíram das sacolas que carregava. As pessoas que o acompanhavam auxiliaram no recolhimento dos objetos.
O advogado estava preso preventivamente desde o dia 22 de setembro do ano passado. A prisão havia sido decretada pela juíza Ana Cristina Frighetto, 3ª Vara criminal de Passo Fundo. Desde que foi preso, o advogado fez pelo menos nove pedidos de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, no Superior Tribunal de Justiça e no STF. O último pedido de habeas corpus foi negado pelo presidente do STF Ricardo Lewandowski ainda em janeiro. O ministro do STF Marco Aurélio Mello já havia, em outra ocasião, negado o pedido de liberdade de Dal Agnol. Os termos do habeas não estavam disponibilizados no site do STF até ontem à tarde.
Na edição impressa de O Nacional desta segunda-feira você confere a cronologia completa dos fatos desde que a Operação Carmelina foi deflagrada no ano passado.
*Atualizada às 08h50 de 16 de fevereiro de 2015