O parecer do Ministério Público Federal emitido no julgamento do habeas corpus que concedeu a liberdade provisória ao acusado Maurício Dal Agnol, opinou pelo indeferimento da soltura do réu, a fim de que fosse novamente decretada sua prisão preventiva. O Habeas Corpus foi concedido pelo Supremo Tribunal Federal na noite do dia 14 de janeiro deste ano. Segundo o parecer, a situação do advogado é “típica de necessidade de sua prisão preventiva” porque “a experiência demonstra que a organização criminosa prossegue em atividade enquanto seus líderes têm liberdade de ação”.
Outro argumento contrário à decisão do STF é relativo ao tempo em que o advogado esteve foragido. Dal Agnol se apresentou às autoridades apenas quatro meses após a realização da Operação Carmelina. A fuga, conforme o MPF, é mais um motivo para manter o advogado na prisão. O não pagamento de fiança de Maurício Dal Agnol também é usado contra o habeas corpus.
Maurício Dal Agnol estava preso preventivamente desde o dia 22 de setembro do ano passado no Presídio Regional de Passo Fundo. O advogado é acusado de desvios de mais de R$ 100 milhões que deveriam ser pagos a cerca de 30 mil clientes somente no Rio Grande do Sul. Dal Agnol já havia feito o pedido o habeas corpus outras vezes, mas sem sucesso.