O secretário de segurança do estado, Wantuir Jacini, começou pela região Norte, as reuniões de trabalho com delegados regionais da Polícia Civil e Susepe, Instituto Geral de Perícia (IGP) e comando da Brigada Militar. Acompanhado da cúpula da segurança, ele visitou o Presídio Regional de Passo Fundo, onde disse ter recebido uma ‘tempestade de problemas’. “Foram todos devidamente anotados e encaminhadas algumas sugestões” afirmou.
No início da tarde, o secretário participou de uma reunião no fórum de Passo Fundo, com a juíza titular da 3ª Vara de Execuções Criminais, Ana Cristina Frighetto Crossi. A agenda em Passo Fundo encerrou após reunião, de aproximadamente três horas, no gabinete do prefeito Luciano Azevedo, com os comandos regionais para tratar de questões internas da segurança.
Em entrevista ao ON, Jacini sinalizou que pretende desenvolver projetos direcionados à profissionalização dos detentos. “No Brasil não temos prisão perpétua e nem pena de morte. Isto significa que o preso voltará ao seio da sociedade. O objetivo principal do sistema penal e prepará-lo para este retorno”. Wantuir exemplificou em números a importância do investimento. “Quando ele sai para rua sem nenhum preparo o índice de reincidência é de 70 a 80%. No momento em que recebe educação e trabalho, este número cai para 1,5%. Pela lei de execução penal, a mão de obra prisional prevê o pagamento de três quartos do salário mínimo e o empresário não paga encargos sociais. Vamos trabalhar neste rumo. Oferecer cursos de capacitação de acordo com a demanda existente nos municípios” afirma.
Em relação à obra do novo Presídio Regional, o secretário disse ter tomado conhecimento do caso e afirmou que a retomada das obras depende de uma conversação com o Governo Federal. “Não podemos esperar apenas do Governo Federal. Teremos que enfrentar esta questão também com iniciativas próprias” observou, chamando a atenção para o fato de que o prazo para construção da penitenciária feminina também está se esgotando.
Jacini destacou ainda a disposição do prefeito Luciano Azevedo em colaborar com a segurança, através de viaturas, e construção de uma sede própria para o Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar (BOE). “A ajuda é muito bem vinda. Vi com uma esperança a boa vontade do prefeito em ajudar, colaborar para que os problemas sejam resolvidos” conclui.