A equipe da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente prendeu na tarde da última quinta-feira (19), um homem de 37 anos, suspeito de abusar sexualmente da sobrinha, como também, das duas tias da menina, quando eram mais jovens. Conforme o delegado titular, Mario Pezzi, a informação do abuso chegou até a delegacia na sexta-feira da semana anterior, dia 13, quando o pai da vítima, que mora no estado de São Paulo, soube do fato e registrou ocorrência contra o abusador.
No mesmo dia, a denúncia foi repassada para a DPCA, que iniciou as investigações. Na segunda-feira (16), três dias depois da denúncia, o delegado representou pela prisão do suspeito. O juiz titular da 1a Vara Criminal, Rafael Borba, expediu o mandado de prisão preventiva, que foi cumprido na casa onde o homem mora. “Ao contrário da mulher dele, que pelo que pudemos notar, não tinha ideia dos delitos e ficou bastante assustada, ele não expressou qualquer reação. Agiu com frieza e calma”, salienta.
Segundo Pezzi, a adolescente morava com a avó paterna, em Passo Fundo, mas se mudou para a casa do pai, quem notou o comportamento estranho da jovem. Ela, entretanto, não contou para ele que havia sofrido abusos dos 6 aos 12 anos de idade, mas narrou para uma amiga o que havia passado, de forma que a história chegou até os responsáveis.
Assim que soube, o pai foi até a delegacia e, também, entrou em contato com os familiares. Quando as duas tias da menina souberam do fato, se encorajaram e também procuraram a policia, denunciando o mesmo abusador. As mulheres, de 20 e 28 anos, são cunhadas do suspeito. A mais nova, também passou a ser abusada a partir dos 6 anos de idade e deu seu depoimento na delegacia, em Passo Fundo, contribuindo com o inquérito. Já a mais velha, ainda deve ser ouvida em São Paulo, devido ao problemas psicológicos que desenvolveu, segundo Pezzi, provavelmente devido aos estupros.
O criminoso já responde um processo criminal pelo mesmo crime, desde 2010, quando foi denunciado por outra vítima. O mesmo, trabalhou como promotor de eventos e fotografo de crianças e adolescentes. O delegado, que preservou a identificação do acusado, salienta que divulga a antiga profissão, afim de ser procurado por outras vítimas, que podem ter sido abusadas pelo mesmo, já que ele tinha contato com os menores em seu trabalho.
Pezzi destaca que a identificação de quem realiza a denúncia, sempre será preservada e, que a partir do momento em que a mesma chega até a delegacia, o trabalho é iniciado com urgência. “Se esse crápula vitimou mais pessoas, esperamos que ele seja denunciado, para anexarmos ao inquérito, pois as investigações continuam”, comenta.
A condenação para esse tipo de delito é de 4 a 10 anos em regime fechado. Após ser conduzido até a delegacia, ele foi recolhido ao presídio