Uma mensagem irresponsável que se tornou viral nas redes sociais na noite de sexta-feira, de que pessoas contaminadas com o HIV estariam espalhando o vírus através de seringas em boates e ruas de Passo Fundo, não passa de uma brincadeira de mau gosto, cujos responsáveis podem responder criminalmente. A mesma mensagem informa que várias pessoas procuraram as emergências hospitalares para tomar o coquetel anti HIV. Outra informação que absolutamente não é verdade. O médico responsável pela maior emergência hospitalar, a do São Vicente de Paulo, Dr. Júlio Stobe, esclarece que o setor não atendeu a nenhum paciente para aplicar estes medicamentos e desconhece qualquer informação sobre contaminação desta natureza.
A mensagem foi espalhada sem controle por meio de grupos no WhatsApp. A criatividade de desocupados vai além, trazendo ao cenário personagens como uma mulher que se passa por enfermeira e realiza exames com agulha. O Jornal Nacional entrou em contato com autoridades policiais, constatando que não há também nenhum registro oficial de que as informações sejam verídicas.
Caso alguém tenha sofrido, de fato, a contaminação por esse meio, é importante entrar em contato imediatamente com a polícia, que investigará o caso, já que situações confirmadas são consideradas crimes.
De acordo com os Artigos 130, 131 e 132 do Código Penal, contaminar pessoas por meio de relações sexuais ou ato capaz de produzir contágio, como, também, expor a vida de outro a perigo iminente é crime. A ação prevê penas de detenção, reclusão e multa.