Há 28 câmeras de monitoramento instaladas nas ruas de Passo Fundo, mas 12 delas não funcionam. O número é da Brigada Militar, a responsável pelo videomonitoramento da cidade. De acordo com o comandante da BM, tenente-coronel Fernando Carlos Bicca, o problema no sistema tem a ver com o tempo de uso. “Nós temos algumas câmeras que não estão funcionando, o que é uma coisa normal por se tratar de equipamentos com pelo menos oito anos de uso”, explica. Das 12 câmeras que não funcionam corretamente, três estão inutilizadas. As outras apresentam problemas técnicos, que prejudicam o trabalho de vigilância. A Brigada Militar não tem um número que seria o ideal de câmeras em Passo Fundo. Mas, segundo Bicca, há um levantamento da corporação que aponta 31 pontos prioritários para a instalação de câmeras na cidade.
Histórico
O sistema de vigilância por câmeras de Passo Fundo foi adquirido em 2007, através da Secretaria Nacional de Segurança Pública, em parceria com o governo do estado e a prefeitura. Na primeira compra, oito câmeras foram adquiridas. Na segunda, realizada em 2012, outras 20 foram instaladas. Desde então, o único investimento feito é na manutenção, que era feita pela prefeitura até 2014.
Segundo o Secretário de Segurança Pública, João Darci Gonçalves da Rosa, em 2015, a responsabilidade dos reparos será transferida ao setor privado. “Estamos fazendo uma licitação para contratar uma empresa para fazer a manutenção e a reposição de peças para que as câmeras funcionem”, pontua. O Secretário reconhece que há a necessidade da aquisição de novos equipamentos, mas a prioridade, hoje, é no melhoramento do sistema que existe. “No momento não será feito investimento em novas câmeras, mas nós temos um projeto para o futuro”, afirma. A Secretaria de Segurança Pública não trabalha com o prazo para a execução do projeto, nem com a quantidade de câmeras necessárias para a melhoria do sistema.
O exemplo de Marau
Em Marau, o investimento no videomonitoramento deu resultado. A prefeitura adquiriu, neste ano, 40 câmeras, que foram instaladas na zona central e nos principais acesso a cidade. Inaugurado no aniversário de Marau, no dia 28 de fevereiro, o novo sistema ajudou a diminuir em 40% a ocorrência de crimes nos pontos monitorados. De acordo com o Comandante da Brigada Militar de Marau, Capitão Gefferson Rodrigues, a aquisição do sistema ajuda no trabalho das autoridades. “Podemos dizer que as câmeras coíbem à criminalidade. É uma ferramenta muito importante no nosso sistema de segurança”, pontua. Mas o investimento não para. Há, ainda, mais duas etapas do chamado Projeto Olho Vivo. Em cada uma delas serão instaladas 40 câmeras, em pontos estratégicos, como bairros mais afastados do centro e nas proximidades de escolas. Ao fim do projeto, a cidade de 40 mil habitantes contará com 120 câmeras de monitoramento, ao custo total de R$ 1 milhão.