A Brigada Militar de Passo Fundo recebe na próxima terça-feira, a visita do Inspetor da Polícia Nacional do Japão, Coichi Marauyama. O encontro faz parte do acordo de cooperação técnica entre Brasil e Japão, firmado no ano passado, para difusão do policiamento comunitário no país. Denominado de Koban, o método, caracterizado pela interação dos policiais com as comunidades em que atuam, é adotado há mais de um século na terra do sol nascente.
Na segunda-feira, Marauyama participa da programação do Curso Internacional de Policiamento Comunitário em Porto Alegre. No dia seguinte, acompanhado de policiais do Estado Maior da Brigada Militar, ele vem a Passo Fundo conhecer algumas experiências adotadas no Policiamento Comunitário desenvolvido desde 2011 no município.
Comandante do Núcleo de Coordenação do projeto, o tenente Daisson de Andrade explica que a intenção é unificar as formas de atuação do método Koban nos estados que adotaram este modelo de policiamento. Para isto, estão sendo aproveitadas experiências locais que trouxeram resultados positivos nas comunidades.
Apontado como um dos modelos no Rio Grande do Sul, algumas iniciativas desenvolvidas em Passo Fundo chamaram a atenção dos japoneses. Uma delas é a ação realizada duas vezes durante o mês, onde todo o efetivo dos núcleos se reúne e desencadeia operações com diferentes finalidades. “Cada uma tem um foco diferente, pedestres, ônibus, um determinado bairro, e assim por diante” explica o militar.
O trabalho também ganhou destaque a partir das iniciativas de interação com a comunidade. No ano passado, 16 meninas do bairro Integração foram protagonistas no Baile de Debutantes Comunitário. Durante três meses, as jovens participaram de palestras e oficinas sobre mercado de trabalho, saúde e comportamento e de viagens para municípios da região.
O policiamento comunitário o município iniciou em novembro de 2011 com a instalação de dois Territórios da Paz, nos bairros Integração e José Alexandre Zachia. Desde lá, o projeto se estendeu para seis núcleos operacionais que cobrem uma área de 48 bairros. No ano passado, o comando do 3º RPMon transformou o Núcleo de Policiamento Comunitário para um Pelotãodo 2º Esquadrão.
