A Juíza de Direito Marilene Parizotto Campagna, da Vara Judicial da Comarca de Tapera, converteu a prisão domiciliar em preventiva do acusado de matar o padre Eduardo Pegoraro (homicídio doloso) e de tentativa de homicídio contra a própria companheira, Patrícia Kolling, 22 de maio deste ano.
Naquele dia, Jairo Paulinho Kolling invadiu a Casa Canônica, localizada ao lado da Igreja, atingiu o religioso com um tiro no peito e a mulher com um disparo no pulmão. Depois disso, tentou se suicidar, com um tiro no rosto, mas não conseguiu. Até o momento, ele estava em prisão domiciliar, se recuperando dos ferimentos. Agora, deverá cumprir a pena no Presídio Estadual de Espumoso. O pedido, formulado pelo Ministério Público, autor da acusação, foi acolhido pela magistrada, na tarde dessa segunda-feira (17/8), para garantia da segurança de Patrícia e de seus familiares.
Audiência
Ontem, a Juíza Marilene ouviu 12 testemunhas, sendo seis arroladas pela acusação, uma pela Assistência à Acusação, quatro pela defesa e a própria vítima. O réu também compareceu à sessão, mas, a pedido do seu advogado de defesa, não foi interrogado, ao argumento de que há testemunhas de defesa que não foram ouvidas.
Para a Juíza, o réu demonstrou ter condições de dar entrada no sistema prisional: Além disso, a vítima, novamente, relatou temer por sua segurança, salientando que o réu era uma pessoa tranquila, assim como relatado pelas testemunhas de defesa, mas que acabou "surtando" ao desconfiar que ela possuía um relacionamento com o Padre Eduardo.