O corpo de uma mulher foi encontrado na manhã desta segunda-feira (21), na Vila Rodrigues. Eva Alves da Silva Moreira, conhecida como Evinha, morreu carbonizada nos escombros de uma casa abandonada, na rua Prestes Guimarães. A mulher, de 34 anos, era usuária de drogas e tinha diversos antecedentes por furto e roubo. Ela, também, foi vítima de tentativas de homicídios, em outras ocasiões.
Segundo registro policial, por volta das 9h, a Brigada Militar foi acionada por um homem, que se identificou como catador de latinhas e informou sobre o cadáver.
Policiais do Núcleo de Policiamento Comunitário da Brigada Militar foram até o local e isolaram a área, até a chegada da Polícia Civil.
Na única peça fechada da casa, que aparenta ser um pequeno porão, estavam as marcas do fogo. A morte pode ter ocorrido na manhã do último domingo, quando um dos moradores das proximidades viu uma forte fumaça saindo do local.
A equipe da Delegacia Especializadas em Homicídios e Desaparecidos (DEHD) identificou a mulher a partir das tatuagens. Porém, segundo o chefe de investigações, Volmar Menegon, é necessário a identificação familiar ou, caso ela não ocorra, o exame de DNA.
Vítima de tentativas
Evinha era conhecida da polícia, especialmente, por suas fugas do hospital. Em 2012, ela foi vítima duas vezes seguidas de tentativas de homicídio. Na primeira ocasião, dia 04/12, a usuária de entorpecentes foi baleada na perna direita enquanto conversava com amigos, por volta das 3h, na rua Ângelo Preto. Ela foi socorrida e encaminhada ao Hospital Municipal para atendimento, porém fugiu antes de ser atendida.
Já no dia 28/12, ela chegou a ser torturada e conseguiu escapar antes de ser morta. Ela estava acompanhada de uma amiga, na rua Graciosa Preto, vila Popular, quando dois homens invadiram a casa e passaram a torturá-la. A mulher alegou ter ficado pelo menos duas horas em poder da dupla. Depois de ter mãos e pés amarrados com cadarços do próprio calçado, recebeu vários pontaços de faca, além de ameaças de ter dedos e língua cortados. A vítima ainda teve a perna queimada com um pedaço de madeira em brasa. Ela conseguiu escapar, para dentro do Rio Passo Fundo, quando os agressores tentavam enrolar uma corda em seu pescoço.