A versão da garota de programa que foi localizada no último domingo em um mato às margens da BR-285, entre Mato Castelhano e Lagoa Vermelha, é contestada pela polícia. A mulher, de 46 anos, foi agredida, torturada e abandonada no local, sem as roupas. Indígenas localizaram a vítima e acionaram a Brigada Militar, que deslocou até o local.
Ela relatou aos policiais que trabalha como garota de programa e que havia sido abandonada no mato ainda na quarta-feira (23), quatro dias antes de ser encontrada. A mulher não procurou socorro, pois não conseguia se locomover, devido a gravidade dos ferimentos. O tempo em que passou abandonada, entretanto, também gera suspeita à equipe de investigação da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos (DEHD), responsável pelo caso.
Segundo o chefe de investigações, Volmar Menegon, dificilmente a mulher resistiria tantos dias, com todos ferimentos. “Nós procuramos esclarecer melhor os fatos, para chegar aos suspeitos. A versão dela não fecha. Já temos uma linha de investigação e, inclusive, nomes dos suspeitos. Logo estará esclarecido”, salienta.
A mulher, moradora da Vila Cruzeiro, disse aos policiais que foi abordada por três homens, nos fundos da Estação Rodoviária. Eles estavam em um veículo de cor escura e com a intenção de fazer um programa sexual. Ela aceitou a proposta e embarcou no automóvel. Relatou, ainda, que depois de fazer o trabalho, passou a ser agredida pelo trio, a socos, chutes e pauladas. Ela chegou a ser ferida, inclusive, com golpes de canivete e queimada nas costas, com cigarro. A vítima foi socorrida até o Hospital São Vicente de Paulo, onde continua internada.
Polícia contesta versão de garota de programa
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