Com aproximadamente 120 policiais militares, contando com o comando e o setor administrativo, o 3° Regimento de Polícia Montada da Brigada Militar passou a priorizar o atendimento de ocorrências. A estratégia foi adotada para melhor guarnecer a população passo-fundense de quase 200 mil habitantes.
Apenas em 2015, 49 militares que serviam ao Regimento, se aposentaram. No mesmo ano, nem um novo servidor entrou para a corporação. Também não há expectativa de aumento de efetivo para 2016, já que, conforme renovação do decreto assinado pelo governador José Ivo Sartori, não haverá contratação nos próximos seis meses. “Mesmo que exista uma convocação em julho, são nove meses para preparar um policial militar. É uma gestação”, preocupa-se o comandante do 3°RPMon, André Idalmir Savian Juliani.
Desta forma, o comando traça seu planejamento, baseado nas escassas condições de trabalho e busca, na comunidade, apoio para realizar os projetos e ações. “Com apoio da Acisa, vamos por em prática o Projeto Guardião, que instalará mais câmeras de monitoramento pela cidade”, comenta. Juliani explica que a instalação e manutenção, devem ser custeadas pelo setor privado e o monitoramento fica sob a responsabilidade da Brigada Militar.
“A segurança sai caro e sem o apoio da comunidade, nós não conseguimos”, diz. Além do suporte que o comando busca na comunidade, ainda é preciso planejar, com cuidado, a escala de trabalho dos servidores que estão nas ruas. “É clínica geral: todo mundo faz tudo”, afirma ao explicar que, embora existam esquadrões direcionados a atender uma região específica do município, todas têm obrigações de se dirigir e despachar a demanda, onde ela estiver.
Com o papel de ostensividade, a Brigada Militar precisa aparecer para a comunidade, mostrar que está em patrulhamento. Como não há efetivo humano suficiente para todos os bairros, integralmente, o comandante busca outros meios: “Se existe um aglomerado maior de pessoas na região central, em determinado horário, os policiais estarão em maior número por lá. Nossa estratégia é essa: estar onde as pessoas estão”, conclui.
Preparação
De acordo com o Capitão Laudemir da Rosa Gomes, responsável pelo treinamento de tiro dos policiais, os servidores passam por treinamento durante todo o ano. “Nós não preparamos os policiais somente para atirar, nós treinamos todos os pelotões e esquadrões para atuar em qualquer tipo de situação e atender melhor a comunidade”, salienta e conclui: “Eles vão continuar com treinamento de direção, de patrulha e de choque, além do uso da arma, que é muito importante, porque ela é usada como proteção para a vida”, completa.