PM se apresenta à polícia e assume autoria de homicídio

Testemunhas contrapõem depoimento de sargento e asseguram que o suspeito é filho do policial militar

Por
· 1 min de leitura
Crime ocorreu na Avenida Brasil, ainda no CentroCrime ocorreu na Avenida Brasil, ainda no Centro
Crime ocorreu na Avenida Brasil, ainda no Centro
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

A equipe da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos investiga a autoria da morte de um jovem de 19 anos, que ocorreu na noite desta segunda-feira (25), na Avenida Brasil, Centro. Gustavo dos Santos Xavier, conhecido como Garraio, foi morto a tiros. Um sargento da Brigada Militar apresentou-se à polícia logo após o crime, assumindo a autoria. Depoimentos de testemunhas, entretanto, apresentam controvérsias.

Segundo relato policial, a vítima estava na carona de um automóvel Audi/A3 de cor prata e placas de Passo Fundo, que seguia sentido bairro/centro. Quando passava entre as ruas 10 de Abril e Capitão Araújo, um automóvel Picasso de cor preta se aproximou. O condutor realizou, pelo menos, cinco disparos de arma de fogo na direção de Xavier. Em seguida fugiu.

A vítima desembarcou do carro e se dirigiu ao canteiro central, onde pediu ajuda. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros até o hospital, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu. A avenida foi isolada. Depois de realizar os disparos e se afastar do local, o suposto autor deparou-se com uma viatura da Brigada Militar e abordou os policiais. Ele afirmou ter atirado contra o jovem.

Já na delegacia, advertiu que tinha um desentendimento antigo com Garraio e que agiu por legítima defesa, já que a vítima apontou-lhe uma arma. A polícia, entretanto, informou que não encontrou arma na posse de Xavier, nem no veículo onde o mesmo estava. A pistola usada para alvejar a vítima também não foi localizada. O sargento alegou que havia jogado a mesma em um terreno baldio antes de se apresentar. Após prestar esclarecimentos, suposto autor foi liberado.
Testemunhas contestaram a versão do policial militar. Eles informaram que o suspeito é filho do sargento. O mesmo deve ser ouvido pela polícia nos próximos dias. As imagens das câmeras de monitoramento próximo ao fato, também serão analisadas e outros testemunhas ainda podem ser intimadas. A equipe da DEHD não vai indiciar o sargento da BM, enquanto não esclarecerem a controvérsia. Se o policial militar mentiu em relação ao fato, deve responder por falso testemunho.

Gostou? Compartilhe