O jovem João Moacir dos Santos Júnior, de 19 anos confessou ser o autor da morte do empresário José Carlos Brenner, 47 anos. O crime aconteceu no dia 24 de janeiro, no apartamento da vítima, na rua Uruguai, no centro de Passo Fundo. Em depoimento na tarde desta sexta-feira (12), na Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos, ele disse que, após ter saído de uma boate, na rua Fagundes dos Reis, por volta das 4h, estava numa parada, quando o empresário passou de carro e lhe ofereceu carona até em casa.
Segundo afirmou, a vítima mudou o rumo, alegando que precisava passar em casa. Já no apartamento, teria ameaçado o autor, caso se negasse a manter relação sexual com ele. No depoimento, disse que a vítima mencionou sobre uma arma que tinha no apartamento. Em sua versão, quando já estavam deitados na cama, conseguiu desvencilhar-se, acertando um soco na vítima, que acabou desmaiando com o golpe. Ele negou ter roubado objetos do empresário. Após o crime, disse ter ido para casa de familiares em Carazinho.
Natural de Passo Fundo, o autor confesso mudou-se para o estado de Goiás quando tinha cerca de nove anos. Há três meses havia retornado para o município. Acompanhado de seus advogados, ele prestou depoimento e foi liberado. A polícia continua investigando o caso.
Entenda o caso
O empresário morreu na tarde de domingo (24), no Hospital da Cidade, onde foi internado com graves lesões pelo corpo, após ser agredido dentro do próprio apartamento. Os objetos pessoais da vítima, como carteira e celular, não foram encontrados no local. Câmeras do prédio registraram a chegada dos dois e, posteriormente, o momento em que o autor deixou o local sozinho, levando os tênis nas mãos.
Segundo informações da polícia, a vítima chegou ao prédio por volta das 04h, junto com outro homem. Cerca de uma hora e meia depois, o acompanhante da vítima deixava o local, sozinho. Vizinhos escutaram gritos de socorro e viram rastros de sangue pelo chão, momento em que acionaram o Corpo de Bombeiros. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
A Brigada Militar e a Polícia Civil foram até local do crime e encontraram o ambiente com objetos revirados, além de sangue no quarto e na sala. A equipe do Instituto Geral de Perícias recolheu o material genético.