Na madrugada desta quinta-feira (11) uma mulher – que preferiu não se identificar – teria acionado a Brigada Militar, informando que havia uma pessoa no pátio da casa onde reside, forçando uma das janelas do domicílio. A Brigada Militar foi acionada, conforme relato da mulher, e não compareceu. Ela, o marido e os dois filhos, aguardaram a chegada de uma viatura, trancados em um dos cômodos da residência, localizada na Rua do Retiro, Lucas Araújo.
De acordo com o relato da vítima ao O Nacional, o primeiro chamado para a sala de operações ocorreu por volta da 01h, quando a atendente disse que mandaria uma viatura até o local. Cerca de meia hora depois, com os filhos de 5 e 14 anos bastante assustados, ela voltou a ligar para a polícia. A informação que recebeu, conforme relato, é de que não havia viatura para atender a ocorrência. “É um absurdo! Vão esperar entrarem na casa, acontecer algo grave para atender a ocorrência?”, questiona. O suspeito deixou o local com o barulho que fizeram na residência, inclusive do alarme do carro, que foi ligado quando a família notou a suposta presença do invasor. “Eu pago meus impostos em dia e não tenho uma resposta quando preciso”, indigna-se.
Segundo o subcomandante do 3° RPMon, major Paulo César de Carvalho, não há registro de chamado nas imediações do endereço informado, nem de invasão de domicílio, que seria o caso, no período da 01h as 02h30. Conforme Carvalho, os únicos chamados no período da reclamação foram uma ocorrência envolvendo a lei Maria da Penha, um furto e uma averiguação, “nenhuma no local”, diz. O major, que está respondendo pela corporação, afirmou que havia viaturas e efetivo nas ruas, inclusive, do Pelotão de Operações Especiais. “Não tem motivo para não termos ido averiguar o fato”, garante e completa: “Se ocorreu mesmo essa falha, pedimos que a comunicante venha até o quartel e procure o Comando, para apurarmos o que ocorreu e tomarmos as medidas cabíveis”, conclui.
Informações completas
“Destaco a importância de passar todas as informações necessárias ao operador da sala de operações, no momento de um chamado. Desde a identificação completa, como os demais dados que forem solicitados. Do contrário, o caso é tratado como um trote – que ocorre bastante”, salienta.