O deslocamento de 30 policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOE), de Passo Fundo, para atuar na guerra entre fações que controlam o tráfico em Porto Alegre, não deve prejudicar o policiamento em Passo Fundo e região. A afirmação é do comandante do CRPO- P de Passo Fundo, coronel Fernando Carlos Bicca. Segundo ele, o número representa metade do efetivo do Batalhão. Além de de Passo Fundo, parte do efetivo do BOE de Santa Maria também foi solicitado para atuar na Capital.
“A situação em Porto Alegre é crítica, portanto, precisa de grupos especializados para atuar de maneira rápida. A segurança pública é sistêmica. O crescimento da criminalidade em Porto Alegre traz reflexos rapidamente para o interior. Se o bosque está queimando, não posso ficar cuidando apenas da minha árvore” explica.
Para compensar o deslocamento, Bicca disse ter recebido, na manhã de ontem, autorização do Chefe do Estado Maior da Brigada, coronel Andreis Silvio Dal'algo, para aumentar a cota de hora extra para o efetivo. A medida deve ser oficializada a partir da próxima semana. “Assim conseguimos manter o policial trabalhando por mais tempo e de maneira remunerada” afirma. Conforme o comandante, não há previsão de retorno dos policiais para Passo Fundo.