Em 2015, a Susepe recolheu 8.853 celulares, a maioria arremessados para o pátio do estabelecimento prisional. Esse número representa 2,8 celulares para cada 10 presos. As apreensões são resultado do trabalho intensivo comandado pelo Departamento de Segurança e Execução Penal (DSEP) que mobilizou centenas de agentes penitenciários no combate à entrada e permanência de materiais ilícitos em posse dos presos, no ano passado. Gravações do Ministério Público revelam que presidiários comandam grupos para execução de crimes, de dentro de presídios.
O método de arremesso aumentou em razão da fiscalização intensiva aos visitantes."Há um investimento para a cobertura dos pátios das unidades penitenciárias", disse o diretor do DSEP, Mário Pelz.
O investimento em tecnologia, detecção pelo Raio X e scanner corporal, além da instalação de concertinas nos pátios prisionais são melhorias que a Susepe conta para apreender aparelhos proibidos.
"Vamos continuar a trabalhar intensivamente por meio das operações especiais. De janeiro até março deste ano, já fizemos mais 85 revistas para retiradas de celulares, drogas e outros de dentro dos presídios", informou Pelz.
Bloqueio dos sinais
A lei brasileira diz que a Anatel deve oferecer um sinal de qualidade para o consumidor. "Nos Estados Unidos as empresas de telefonias são obrigadas a bloquear os celulares", explicou Pelz. No Brasil, bloqueadores só podem ser usados em áreas de segurança, mediante aprovação do governo. Além disso, é preciso seguir as especificações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), cuja maior preocupação é bloquear os aparelhos no presídio sem interferir nas ligações de pessoas próximas à área.
Fonte: Gov. do Estado