A morte de um bebê de 42 dias, que ocorreu no mês de janeiro deste ano, foi investigada pela Polícia Civil. A suspeita era de que a criança pudesse ter sido vítima de homicídio, já que apresentava lesões na cabeça e fratura na clavícula. O inquérito foi concluído ainda no mês passado e remetido ao Poder Judiciário.
De acordo com a titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos, delegada Daniela de Oliveira Mineto, a hipótese de homicídio foi descartada após a conclusão do laudo pericial. “O perito indicou que as lesões agravaram a situação do bebê, sim, mas que elas não foram a causa da morte. O bebê foi submetido a cirurgia, quando diagnosticada a doença, e morreu em seguida”, esclarece.
Embora não tenham sido a causa da morte, as lesões existiam. Portanto, após concluir que não ocorreu homicídio, o fato passou a ser investigado para determinar se as lesões foram causadas propositalmente ou por acidente. “A bisavó era a principal suspeita. Ela admitiu em depoimento ao Ministério Público, que não queria a criança, inclusive, que mandou a neta abortar. Mas ela negou qualquer envolvimento com o fato, alegando não ter coragem de fazer tamanha crueldade”, comenta.
Como as lesões foram notadas, pelos pais, depois de uma noite em que o bebê chorou muito, ninguém soube dizer o que, de fato, ocorreu. “Pode ter sido um acidente. O responsável pelas lesões pode ter deixado a criança cair ou resvalar dos braços e segurado com força em seguida e causado os ferimentos, já que recém nascidos são delicados, mas ninguém admitiu”, pondera. Após ouvir testemunhas e, inclusive, a principal suspeita, de 74 anos, Mineto conclui o inquérito e indiciou a idosa por lesão corporal culposa (sem intensão). O caso já tramita na justiça.
Hipótese de homicídio é descartada pela polícia
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