Índia é morta durante confronto entre grupos rivais

Crime ocorreu na manhã de ontem, em Mato Castelhano

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Vítima havia saído de acampamento improvisado, perto da Floresta Nacional quando foi  atingidaVítima havia saído de acampamento improvisado, perto da Floresta Nacional quando foi  atingida
Vítima havia saído de acampamento improvisado, perto da Floresta Nacional quando foi atingida
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Um confronto entre grupos indígenas rivais de Mato Castelhano, motivado pela disputa de terra, provocou uma morte e deixou outras quatro pessoas feridas, no início da manhã de ontem. Atingida por disparos de arma de fogo, Giovana Deodoro, de 23 anos, não resistiu e morreu no local. Ela deixou duas filhas de três e sete anos. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal de Passo Fundo.

Segundo versão do cacique Jonatan Inácio, a vítima, juntamente com outros 20 índios havia passado a noite no acampamento improvisado ao lado do portão de acesso da Floresta Nacional (Flona). Por volta das 7h40min, eles retornavam para o acampamento um, às margens da BR 285, onde vivem cerca de 40 famílias, quando teriam sido atacados. “Chegaram atirando. Acertaram a Giovana e balearam outros quatro índios do nosso grupo” afirma Inácio. Ainda conforme ele, na madrugada de sábado, o grupo rival já havia efetuado disparos contra as casas na rodovia. “Montamos este acampamento aqui, um pouco mais retirado já por questão de segurança. As famílias passam a noite aqui e se revezam, mas não adiantou” lamenta.  Três índios baleados, com idades entre 17 e 68 anos,  foram encaminhados para o Hospital São Vicente de Paulo. Os três permaneciam internados no setor de emergência e o estado de saúde deles era considerado estável.

Os acampamentos às margens da BR dos dois grupos ficam distantes cerca de 1,5 quilômetro. O segundo foi formado há três anos, a partir de uma dissidência entre o cacique Jonatan e o irmão dele, Ubiratan. Atualmente conta com cerca de 16 famílias. Esposa do cacique Ubiratan, Raquel de Souza Urban, tem outra versão do confronto de ontem. “No domingo recebemos uma ligação do cacique Jonatan dizendo pra gente ir montar barracos perto da Flona porque havia saído a decisão da terra. Quando nosso pessoal  chegou lá foi recebido a tiros. Foi uma emboscada” conta. Ela não soube dizer se havia feridos entre os integrantes de seu grupo.

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