Vinte e um detentos fogem do Presídio Estadual de Carazinho

Ação ocorreu durante a madrugada de ontem, quando apenas dois agentes vigiavam 230 presos do regime fechado

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Esta é a terceira fuga, desde o início do ano, registrada no Presídio Estadual de CarazinhoEsta é a terceira fuga, desde o início do ano, registrada no Presídio Estadual de Carazinho
Esta é a terceira fuga, desde o início do ano, registrada no Presídio Estadual de Carazinho
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Uma equipe da corregedoria da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) esteve ontem à tarde no Presídio Estadual de Carazinho, para apurar as circunstâncias da  fuga de 21 detentos na madrugada passada. O fato ocorreu uma semana após o vazamento de um documento encaminhado pelo diretor de segurança da Susepe,  Mario Luiz Pelz, à superintendente da entidade, Marli Ane Stock. No texto, ele alerta a fragilidade do sistema penitenciário no RS, em razão da falta de servidores e de estrutura. No mesmo dia, 10 diretores de presídios colocaram o cargo à disposição.

Diretor do presídio de Carazinho, Éberson Tápia de Oliveira, disse que os detentos abriram buracos nas paredes, interligando seis das 11 celas existentes na galeria A. Na última delas, nos fundos do corredor, o buraco foi aberto no teto. Como não há muro ao redor do presídio, apenas uma cerca, o grupo não teve dificuldades para acessar a rua. Oliveira disse ainda que o alarme disparou pouco antes das 6h.

No momento da fuga, apenas dois agentes penitenciários e um policial militar, no lado externo, faziam a segurança dos 230 detentos do regime fechado. Construído no ano de 1953, o prédio tem capacidade para 132 presos. Algumas horas após a fuga, a Brigada Militar de Carazinho conseguiu capturar cinco foragidos. Um deles, que cumpre pena por assaltos e outros crimes,  é considerado de alta periculosidade.

 “Realizamos uma vistoria em todas as celas e estamos fazendo o levantamento dos fatos. A corregedoria vai acompanhar o trabalho. Vamos investigar se houve falha na segurança ou o problema foi de estrutura. A falta de pessoal é um problema em todos os presídios do estado” afirmou.

Histórico de fugas  

Desde o início do ano, esta foi a terceira fuga registrada no Presídio Estadual de Carazinho. No mês de fevereiro, detentos cavaram um túnel da cela até a parte externa, com 1,5 metro de profundidade e 3,5 metros de extensão. Três detentos conseguiram escapar. Outros 10 foram surpreendidos pela Brigada Militar.

A direção registrou outra fuga no mês de março. Três presos escaparam de uma cela da galeria C. Eles quebraram a parede e tiveram acesso ao pátio interno. Na sequencia, escalaram o muro e retiraram parte da tela que cobre o pátio. Dois deles foram capturados em seguida pela Brigada Militar. 

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