Polícia, familiares e amigos vasculham a cidade em busca de alguma pista do paradeiro do jovem Felipe Marcelo Bassan Benedetti, 17 anos. Ele saiu de casa, na quarta-feira, por volta das 17h20min, para ir até o mercado do bairro, e não retornou mais. O registro feito pelo sistema de câmeras de uma residência ao lado, mostra que ele seguiu no sentido contrário ao mercado, trajando moletom azul marinho com listras brancas, calça de moletom preta, tênis Nike preto e um capuz. O sumiço do adolescente está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
Ontem, a família foi informada de que um estudante da escola estadual Ernesto Tochetto, onde Felipe cursa o 3º ano do ensino médio, o teria visto, por volta das 9h, na avenida Presidente Vargas, imediações do antigo Igaí. A informação foi publicada nas redes sociais e está sendo averiguada pela polícia.
O jovem reside com a mãe e um irmão, na rua Uruguaiana, bairro Vera Cruz. Amiga da família, Jussara Chaves disse ter estranhando o comportamento de Felipe na quarta-feira. “Conheço ele praticamente desde que nasceu. É um menino tranquilo, quieto. Muito preocupado com a segurança. Tem medo do trânsito, principalmente de atravessar a rua. Ele sempre chega e vem me dar um beijo, naquele dia chegou e foi direto para o quarto. Fui atrás e ele já estava deitado, com a cabeça embaixo do cobertor” conta.
A mãe, Maria Helena Bassan Benedetti, que deu alta na terça-feira, após passar por uma cirurgia no pé, conta que o filho não costuma sair sozinho de casa nem mesmo para ir à escola. “Eu levo e busco ele todos os dias. Agora, em razão da minha lesão, ele estava retornando sozinho” conta. No final da tarde de quarta, os dois estavam juntos em casa. “Pedi para ir ao mercado e ofereci o cartão para pagar as compras. Ele disse que não precisava, e saiu, levando apenas uma pequena mochila. Não levou roupa alguma. Deixou o dinheiro todo da mesada e também o celular. É uma situação complicada” desabafa.
Segundo Maria Helena, uma das queixas constantes do filho é o fato de terem mudado do bairro São Cristóvão para o Vera Cruz, há cerca de cinco anos. “Ele tinha o círculo de amigos lá. Sempre disse que gostaria de ir embora daqui. Também sempre comenta que pretende ir para os Estados Unidos ou Canadá para fugir da violência no Brasil” revela. A família já rastreou os contatos dele nas redes sociais, mas não encontrou nenhuma pista. Dezenas de cartazes com a imagem do adolescente estão sendo espalhados pela cidade. Qualquer informação pode ser repassada para os telefones 197 da Polícia Civil, 190 da Brigada Militar, ou (054) 3315-8336, (054) 9975-2828.