Suspeito de matar taxista é procurado pela polícia

Alessandro Padilha, de 24 anos, está foragido. Ele tem antecedentes por homicídio, tráfico de drogas e roubo

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Um foragido do regime semiaberto do Presídio Regional de Passo Fundo é apontado pela Polícia Civil como autor da morte do taxista, Vanderson de Almeida, de 43 anos, que desapareceu ao meio-dia do último domingo (17), enquanto trabalhava. O taxista foi encontrado morto na tarde de ontem (18), por colegas de profissão, na localidade de São Pedrito, em Passo Fundo. O corpo foi desovado às margens de um rio. 

De acordo com a delegada Daniela de Oliveira Mineto, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos (DEHD), Alessandro Padilha, vulgo “Mano”, é o principal suspeito do crime. O foragido foi visto por testemunhas tripulando o táxi da vítima, em alta velocidade, pouco depois do seu desaparecimento. O suspeito tem antecedentes criminais por homicídio, tráfico de drogas e roubo.
De acordo com o irmão da vítima, Almeida mudou-se para Passo Fundo recentemente e substituía os familiares – pai e irmão – nos seus horários de folga. “Eu liguei para ele às 11h, quando combinamos de almoçarmos na casa da mãe. Ele disse que iria deixar o táxi no ponto onde atende e nos encontraria para almoçar”, relata.
Uma hora depois que o irmão fez o último contato com Almeida, o pai da vítima recebeu um telefonema: “um colega nosso ligou e disse que viu um desconhecido dirigindo o carro do pai, em alta velocidade, pela Manoel Corralo. Era o taxi que estava com meu irmão naquela manhã”, conta. Nos momentos seguintes, muitas chamadas foram feitas para o celular da vítima, sem sucesso.
Os taxistas iniciaram no mesmo momento as buscas pelo colega, junto com seus familiares. “Nós achamos o táxi na Roselândia, já de cara”, completa o irmão de Almeida. O táxi estava sujo com sangue e massa encefálica. A polícia foi acionada e realizou buscas no mesmo momento. O homem não foi encontrado durante todo o domingo, mas nem por isso os familiares e amigos pararam de procurar.
Já na tarde desta segunda-feira, dois taxistas encontraram o corpo, sem vida. O taxista, que tem quatro filhos, foi desovado a três quilômetros do local onde o veículo foi deixado pelo autor do crime, com um ferimento de disparo de arma de fogo logo atrás da orelha. O caso, segundo a delegada, é tratado como homicídio.


Os fatos

Conforme Mineto, a morte do taxista tem ligação com uma tentativa de homicídio que ocorreu no domingo de manhã, na Manoel Corralo. “O que foi apurado até agora, é que ele não tinha nada a ver com a confusão entre cônjuges, mas acabou morto no horário de trabalho, enquanto prestava serviço”, explica.
No domingo, um homem foi atrás da ex-mulher, para mata-la. Ele chegou na casa onde ela estava e disparou. O tiro, entretanto, atingiu a cabeça de outra pessoa: a dona da residência. O atirador fugiu. A mulher atingida pelo disparo é irmã de Alessandro Padilha – apontado como autor do homicídio do taxista. Foi no momento em que Padilha soube o que ocorreu com sua irmã, que procurou um taxi e encontrou Almeida.
A polícia ainda não sabe dizer se o taxista estava no ponto, quando Padilha embarcou no veículo, ou se fazia uma corrida pela Manoel Corralo e foi abordado pelo criminoso. “O que sabemos é que Alessandro foi visto no taxi, antes de ser deixado na Roselândia”. A principal hipótese levantada, é que Almeida tenha se recusado a fazer alguma corrida, porém, a polícia não descarta a suspeita do roubo do veículo. Testemunhas são ouvidas.

Qualquer informação sobre o paradeiro de Alessandro Padilha, vulgo “Mano”, deve ser repassada para a Polícia Civil pelos fones 197 ou (54) 3313-7854; ou ainda para a Brigada Militar, pelo 190.

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