Os números da criminalidade no Estado foram divulgados na última segunda-feira (08), pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). Entre sete modalidades (latrocínio, roubo, furto, extorsão, roubo de veículo e furto de veículo), seis apontaram aumento em relação ao mesmo período, no ano anterior. Somente no primeiro semestre deste ano, o latrocínio (roubo seguido de morte) apresentou aumento de 34,9%. Em números absolutos, foram 89 vítimas deste tipo de delito em todo o estado e quatro apenas em Passo Fundo.
Os índices indicam, também, aumento significativo no número de roubos. De janeiro a junho, houve aumento de 19,6% nos registros de assaltos, o que soma mais de 44 mil roubos cometidos num período de seis meses, no Rio Grande do Sul, e 646 no município. Já os homicídios, em relação ao mesmo período do ano anterior, apresentam um acréscimo de 6,1%. Até junho, 1.276 homicídios foram registrados em todo estado. Desses, 16 em Passo Fundo.
O representante do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (Ugeirm), em Passo Fundo, Luiz Fernando Perin, acredita que este aumento da criminalidade, de forma geral, se deve ao descaso do atual governo em relação à segurança pública. “O parcelamento salarial reduz o rendimento do policial em decorrência das preocupações diárias com as contas, por exemplo, mas não é só isso: falta reposição de pessoal. O déficit humano, que não é novidade em nosso estado, é demasiadamente espantoso”, afirma.
Conforme Perin, 144 policiais civis aposentaram-se somente neste ano, sem nenhuma reposição. “Nessa semana, uma pessoa foi assaltada por dois adolescentes, próximo de uma delegacia do município. Em conversa, um deles afirmou que não interessava se estivessem perto ou não do prédio, pois não haveria policiais para captura-los”, expõe a atual situação, com um exemplo real.
Números apresentam aumento de crimes no Estado
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