A Polícia Civil realizou ontem (31), uma paralisação de 24 horas, como protesto ao atraso salarial e a morte de mais um policial militar em serviço. Dentro do tempo estipulado foram atendidos pelas Delegacias de Polícia de Pronto Atendimento somente os flagrantes e os casos de maior gravidade, tais como: homicídios, estupros, ocorrências envolvendo crianças, adolescentes e idosos e Lei Maria da Penha.
As demais delegacias passaram as 24h sem cumprir mandados de prisão e busca e apreensão e sem realizar operações policiais, serviço de cartorário ou entrega de intimações e remessa de inquéritos policiais ao Poder Judiciário. No dia 11 de novembro, os policiais realizarão mais uma paralisação. Desta vez, a nível nacional contra a PEC 241. Além das paralisações os agentes atuam dentro da Operação Padrão até a integralização dos salários.
UGEIRM
No site do sindicato há uma publicação que explica os motivos pelo qual os servidores decidiram parar mais uma vez. “Pelo nono mês consecutivo, o governo Sartori/PMDB vai parcelar os salários do servidores. De acordo com informações do Palácio Piratini, a Folha de Pagamento já foi rodada com nove faixas. A primeira faixa tem o valor de R$ 300,00, porém o governo anunciou que tentará pagar mais de uma faixa, podendo creditar um valor um pouco maior. A situação vem se agravando mês a mês. Em outubro, os salários só foram quitados completamente no dia 14. Para efetuar esses pagamentos, o governo utilizou o dinheiro da arrecadação sindical dos servidores, o que causou o atraso do repasse aos sindicatos. Continuando essa dinâmica e a inércia do governo Sartori/PMDB na busca de soluções, em breve teremos o acúmulo de duas folhas de pagamento em atraso.”