Um sistema de monitoramento eficaz

As instalações pretendem reduzir os ilícitos praticados contra a comunidade passo-fundense

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Câmeras devem contribuir para o êxito dos flagrantes e das investigaçõesCâmeras devem contribuir para o êxito dos flagrantes e das investigações
Câmeras devem contribuir para o êxito dos flagrantes e das investigações
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Um projeto que iniciou ainda em 2014 com o simples objetivo de reformular o espaço de atendimento das ligações realizadas para o número 190 – emergência da Brigada Militar – foi apresentado na tarde de ontem (22), com novidades inovadoras: o município passa a contar, a partir do próximo dia 25, com um sistema de monitoramento mais eficiente e capaz de atender as necessidades de segurança da comunidade.
São 30 câmeras espalhadas por todo o município, que enviam imagens e informações instantâneas à equipe operacional da Sala de Operações, para onde são feitas as denúncias, posteriormente repassadas às guarnições de serviço. De acordo com o comandante do CRPO-Planalto, Coronel Fernando Carlos Bicca, o “Projeto Guardião” objetiva reduzir os índices de criminalidade de Passo Fundo.  “No futuro pretendemos passar de 100 câmeras. Podemos aumentar esse número sem nos preocupar com limite físico, porque é um sistema que trabalha sozinho, sem a necessidade de operá-lo a todo o momento”, esclarece.
De acordo com empresário José Luis Turmina, integrante da diretoria da Acisa, o próximo passo é instalar em todas as saídas da cidade, tanto de estradas pavimentadas, como de chão, ao menos uma câmera. “A intenção é que os assaltantes pensem duas vezes antes de cometer o crime e, quando o fizerem, que tenham a fuga dificultada”, completa.

Como funciona

As câmeras monitoram os pontos em que estão instaladas durante 24h. O próprio sistema captura o número das placas de cada veículo que passa pelo local e, automaticamente, confere junto ao Detran sobre a situação, emitindo alertas aos operadores.
O mesmo sistema permite aos policiais, que realizem pesquisas específicas. Quem explica é o subcomandante do 3° RPMon, Major Paulo César de Carvalho. “Eu descrevo na pesquisa: uma pessoa de camiseta vermelha, das 08h as 9h15, em determinado endereço. O sistema me apresenta todos que passaram pelo local, com roupa vermelha, dentro do período desejado.”
O novo projeto, além de contribuir para que a Brigada Militar tenha maior êxito nos flagrantes, ainda auxiliam a Polícia Civil, responsável pelas investigações posteriores.

Modernização

Um problema crônico no que se refere ao atendimento das ligações ao 190, que estende-se ao longo dos anos e gera desconforto à população, deve ser resolvido com a modernização da sala. “Às vezes o usuário liga, ouve o sinal de que está chamando, mas o telefone não desperta. São problemas técnicos e defasagem nas instalações, que pretendemos resolver agora com esse espaço inteiramente novo”, pontua Bicca.
Além das instalações, outro impasse resolvido, conforme o coronel, foi a questão do efetivo. “Nós tínhamos duas salas separadas, o que demandava um número maior de servidores. Hoje, nós temos uma visualização de toda a sala, por parte de todos os integrantes, gerando, também, uma instantaneidade na troca de informações”, completa.

Investimento
Algumas entidades representantes da comunidade (Acisa, CDL, Sinduscon, Sindilojas, Sindicato dos Contabilistas, Sindicato Rural) foram procuradas pela Brigada Militar e Prefeitura Municipal, enquanto o projeto crescia, tornando possível sua concretização.
Segundo Turmina, o programa previa um gasto total de R$ 2,5 milhões e teve um investimento de R$ 170 mil até o momento. “Com a contribuição das entidades representantes da comunidade, pretendemos ampliar a área de monitoramento”, diz. Para Marco Mattos, presidente da Acisa, o Projeto Guardião partiu do princípio que a segurança pública não pode ser uma obrigação, somente, todos os poderes constituídos. “Deve existir a responsabilização da sociedade”, diz. Conforme o presidente, o vídeomonitoramento é uma alternativa eficaz de contribuição para com a segurança pública. “É para diminuir os ilícitos praticados contra a sociedade”, finaliza.

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