DPPA de portas fechadas

Baixo efetivo da policia civil limita atendimento no plantão de Passo Fundo

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Mudança foi a alternativa encontrada para continuar com o atendimento, diz delegadoMudança foi a alternativa encontrada para continuar com o atendimento, diz delegado
Mudança foi a alternativa encontrada para continuar com o atendimento, diz delegado
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Uma delegacia que tem como propósito atender a comunidade durante 24h e sempre funcionou com as portas abertas, mudou a rotina nos últimos dias: grades foram instaladas na entrada principal da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), localizada na Petrópolis. Um interfone ainda deve ser instalado na portaria, no decorrer desta semana, para que as vítimas que desejam registrar um delito sofrido possam avisar à chegada ao prédio.
A mudança, conforme o delegado titular, Gilberto Mutti Dumke, é a alternativa mais viável, encontrada nesse momento de significativa redução de efetivo policial. “Estamos trabalhando apenas com dois policiais e um delegado por equipe”, justifica. A baixa de efetivo que ocorreu no decorrer do ano, somada ao período de férias tradicional nesta época, agravou ainda mais a situação. “Com três já conseguimos trabalhar melhor, mas com duplas fica complicado”, pondera.
O ideal, conforme a representante da Ugeirm-Sindicato em Passo Fundo, Dalva Azambuja, é que houvesse cinco agentes por equipe, já prevendo as férias e as eventualidades, como um atestado. “Com quatro policiais, como já ocorreu no Plantão, em outra época, o trabalho acontece mais tranquilamente e com maior segurança, mas dois é inviável. No mínimo deveriam ter três pessoas por plantão, mais um delegado”, afirma.
O que torna o atendimento ao público mais difícil para os policiais são as demandas externas, atribuições que cabem, também, à equipe responsável pelo registro de ocorrências. “Quando tem que fazer local de crime – homicídio, acidente com morte, latrocínio –, conduzir preso à penitenciária, apresentar adolescente ao Ministério Público, encaminhar ofício de medida protetiva ao Fórum ou vítima da Lei Maria da Penha à casa de proteção, tranca-se a porta e o prédio fica fechado. Não tem o que fazer”, diz um policial que atua na DPPA.
Enquanto a equipe (dupla) estiver na rua, já que a recomendação é saírem em dupla e não sozinhos, os registros dos flagrantes devem esperar, bem como as vítimas terão que aguardar pelo atendimento. “Além do interfone, vamos disponibilizar o número funcional para que entrem em contato com a equipe e se informem o quanto a mesma demora no retorno. Não vamos deixar de atender, que isso fique claro. Só algumas vezes o público vai ter que aguardar pela volta dos policiais, justamente por não termos agentes suficientes”, salienta Dumke.

Nova turma
Uma nova turma de policiais civis se prepara na Acadepol. Os 224 alunos serão distribuídos no Estado. Ainda não há definido se Passo Fundo receberá novos agentes. “Não tem previsão, temos apenas uma expectativa que policiais novos sejam mandados para o município”, conclui o delegado.

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