Um cadáver foi encontrado às margens da BR-285, entre Passo Fundo e Carazinho, no início da noite dessa terça-feira (17). O corpo foi identificado na manhã seguinte (18), por familiares da vítima. Cassiano do Nascimento, de 19 anos, era investigado pela Polícia Civil por envolvimento no roubo que terminou com a morte de um cadeirante, no último final de semana. Ele é apontado como um dos autores do latrocínio.
Segundo boletim de ocorrência, usuários da rodovia encontraram o cadáver às margens da BR-285, próximo à ponte do Rio da Várzea. A Polícia Rodoviária Federal foi informada e se dirigiu ao km 310, onde encontrou a vítima com ferimentos no rosto e perfurações de arma de fogo na cabeça. A equipe do Instituto Geral de Perícias (IGP) confirmou as perfurações, tanto na cabeça, quanto no pescoço. A vítima, que tinha tatuagens pelo corpo, estava sem documentos e foi identificada somente no dia seguinte.
Investigações
O jovem era alvo de investigações da Defrec, que buscam identificar os responsáveis pela morte de um senhor cadeirante, ocorrida no último final de semana, no bairro Jerônimo Coelho. Cassiano seria o segundo identificado, de três envolvidos no crime.
Agentes da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos (DEHD) trabalham para identificar a autoria do homicídio e esclarecer se a morte do jovem tem ligação com o fato que vitimou o cadeirante. Segundo a delegada Daniela de Oliveira Mineto, existe uma grande probabilidade de haver ligação entre os fatos.
Número elevado
O número de homicídios ocorridos somente nos primeiros 20 dias do ano já ultrapassa os registros de janeiro e fevereiro do ano passado, contabilizando um total de seis delitos. Em 2016, o sexto homicídio ocorreu apenas em março. Para a delegada, o aumento no número não pode ser atribuído a um fator específico. “Os homicídios ocorrem por motivações pontuais, não há um parâmetro para justificar esse aumento, pois é algo sazonal”, esclarece.
Segundo Daniela, nem mesmo os meses entre um ano e outro podem ser comparados por uma ótica motivacional. “Se analisar dezembro de 2015 e dezembro de 2016, vemos uma diferença grande no número. Não podemos nem atribuir a um período do ano específico, justamente porque cada caso tem sua própria motivação”, conclui.
Foto: Lucas Cidade/Rd Uirapuru
Legenda: Número de homicídios no início de 2017 ultrapassa os registros de janeiro e fevereiro do ano passado