Polícia não tem pistas sobre sumiço de ex-jogador

Por
· 2 min de leitura
Imagem  registrada durante o encontro realizado no interior de Mato Castelhano, na sexta-feira.  Adair Bicca usava camiseta azul, com gola amarela, e calça marromImagem  registrada durante o encontro realizado no interior de Mato Castelhano, na sexta-feira.  Adair Bicca usava camiseta azul, com gola amarela, e calça marrom
Imagem registrada durante o encontro realizado no interior de Mato Castelhano, na sexta-feira. Adair Bicca usava camiseta azul, com gola amarela, e calça marrom
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

 

O desaparecimento do ex-jogador Adair Lopes Bicca, 71 anos, completa hoje quatro dias e segue intrigando familiares, amigos e a polícia. Na sexta-feira à tarde, após ter participado de um almoço de confraternização com amigos, no interior do município de Mato Castelhano, ele retornou de carona para Passo Fundo.  Morador da vila Luiza, estranhamente pediu ao motorista para desembarcar no bairro Petrópolis para ir até uma determinada farmácia. Desde então, não  retornou mais para casa.

O sumiço começou a ser constatado no sábado pela manhã. Vizinhos  perceberam que ele não havia passado a noite em casa. “ A gaiola com o pássaro estava no mesmo local. As venezianas das janelas abertas  como havia deixado antes de sair na sexta” relata Maria de Lourdes, que divide o  muro   com Bicca há pelo menos 20 anos. Preocupados, entraram em contato com a filha do ex-atleta. Letícia de Castro Bicca imediatamente foi até a residência do pai e verificou que ele havia levado o celular e documentos. Após inúmeras tentativas de ligação, todas na caixa postal,  entrou em contato com a  Brigada Militar. Uma patrulha realizou buscas sem sucesso pela Vila Luiza. A filha então procurou o plantão da Polícia Civil e registrou o desaparecimento. Segundo ela, o pai toma medicamento para tratamento da hipertensão. “Ele nunca saiu de casa assim, sem avisar. Pode ter tido algum problema de saúde, de memória. Pode ter ido para algum lugar e não consegue voltar.  É uma situação angustiante” relata. Funcionários da farmácia, no bairro Petrópolis, informaram à família,  que ele não esteve no estabelecimento na sexta.

 

Desde que a notícia começou a ser divulgada pela imprensa, surgiram algumas informações de pessoas que teriam visto o ex-atleta em diferentes pontos da cidade e rodovias da  região. Bicca é uma figura conhecida dos passo-fundenses, principalmente pela sua história no futebol, como jogador e  técnico. Uma destas informações dava conta de que ele teria passado pelas proximidades da Universidade de Passo Fundo, na BR 285. Um funcionário do posto de pedágio de Coxilha, na RS 135, acredita  ter conversado com Bicca por volta da meia-noite de sábado. Ele disse  ao grupo de bombeiros responsável pelas buscas, que o homem  apresentava um ferimento leve no braço e pedia por um táxi. Em seguida, seguiu caminhando pela rodovia em direção a Coxilha.

 

Buscas 

No domingo, duas equipes do Corpo de Bombeiros, com auxílio de um cão farejador, vasculharam todas as áreas informadas pelas testemunhas e não encontraram nenhuma pista. Responsável pelo pelotão de busca e salvamento, o sargento Ederson de Bairros, disse ter localizado uma camiseta azul, (mesma cor usada por Bicca na sexta-feira), na BR 285, proximidades do bairro José Alexandre Záchia. “Comparamos com a foto tirada no almoço em que ele participou e constatamos não ser a mesma” explicou. Ontem à tarde, a partir de uma nova informação, os bombeiros vasculharam as imediações da ponte do Arroio Miranda, e não encontraram nenhum vestígio.  “Estamos empenhados. Todas as informações estão sendo consideradas e checadas. Quem tiver alguma pista favor informar ao 193” pede Bairros.

Chefe de investigações da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos (DEHD), Gustavo Pimentel disse que a polícia pretende analisar imagens de câmeras existentes na região do bairro Petrópolis. “Até o momento não temos nenhuma informação mais precisa sobre o rumo que ele teria tomado, isto dificulta as buscas, mas já ouvimos familiares e estamos trabalhando no caso”, afirma. Além do 193, quem tiver alguma informação pode repassar para o 190 da Brigada Militar e 198 da Polícia Civil.

Gostou? Compartilhe