Justiça condena presos da operação Beira Trilho

Dos 12 réus, oito foram condenados por tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte e posse ilegal de arma de fogo e munições, entre outros delitos. Quatro pessoas foram absolvidas

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As penas determinadas ao grupo variam entre três e 12 anos de reclusãoAs penas determinadas ao grupo variam entre três e 12 anos de reclusão
As penas determinadas ao grupo variam entre três e 12 anos de reclusão
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Ocorreu na última quarta-feira (08), o julgamento de um grupo preso ainda em julho de 2014, durante a operação Beira Trilho, realizada pela Polícia Civil. Na época, 12 pessoas foram capturadas e mais de 100 quilos de droga foram apreendidos nos bairros São Luiz Gonzaga e Santa Maria. A sentença foi divulgada no dia seguinte.
Dos 12 réus, oito (sete homens e uma mulher) foram condenados com penas que variam entre três e 12 anos de reclusão, por crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, posse e porte ilegal de arma de fogo e munições. Outros quatro foram absolvidos. Um dos condenados deve responder em regime aberto e os demais em regime inicialmente fechado. A decisão é do juiz titular da 2ª Vara Criminal de Passo Fundo, Alan Peixoto de Oliveira.
Na época a polícia chegou ao grupo através de denúncias realizadas pela comunidade, que sofria com a violência gerada pelo comércio de entorpecentes no local. As investigações foram realizadas durante um período de cinco meses, pela equipe da 1ª Delegacia de Polícia.
Os investigados chegavam a vender um quilo de crack por noite, conforme informou, na ocasião, o delegado Diogo Ferreira. “Somente em uma semana, eles venderam 300 quilos de droga”, afirma.
Os pontos de venda de drogas eram próximos um do outro e numerosos. A rua onde ocorria a comercialização – e suas imediações – foi batizada como “Beco do Massacre”, pelos próprios delinquentes. “Se o usuário chegasse com menos de cinco reais, por exemplo, ao invés de venderem uma pedra menor, eles agrediam e torturavam o indivíduo, com porretes, facas e outros materiais”, contou o delegado, no dia da prisão.
Na sentença, inclusive, há depoimentos de policiais responsáveis por outras investigações, como desaparecimento de menores e homicídios, que ao final do inquérito, concluiu-se estarem ligados ao grupo e a prática delituosa dos mesmos.
Nos cinco meses que duraram as investigações, a polícia apreendeu aproximadamente 100 gramas de maconha, 50 pedras de crack e buchas de cocaína, materializando o tráfico de drogas e a associação para o tráfico. Já no desenvolver da operação, foram 107 tijolos de maconha apreendidos, totalizando 97 quilos da droga, mais quatro quilos de crack – que chega a um total de 16 mil pedras fracionadas e 80 gramas de cocaína.
Quatro pistolas, três de calibre 380 e uma de calibre 45, de uso restrito das Forças Armadas e um revólver calibre 38, também foram apreendidos, junto com munições dos mesmos calibres. Nas buscas, ainda foram localizadas cinco balanças de precisão, R$ 12,5 mil em dinheiro, entre outros objetos oriundos de furtos e roubos e, provavelmente, trocados por droga. Dois baldes cheios de moeda de R$ 1,00 e 0,50 foram encontrados, mas, até o fechamento desta edição, a quantia não havia sido contabilizada. Estima-se cerca de R$ 2 mil.
Em todas as casas, foram desinstaladas as câmeras de monitoramento que eram utilizadas pelos suspeitos para vigiar a movimentação. Foram 18 mandados de busca e apreensão cumpridos nos endereços e nove mandados de prisão preventiva. Três pessoas foram presas em flagrante.

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