Policiais da 2ª DP prenderam na manhã de ontem, um homem, de 46 anos, acusado de aplicar golpes com cheques clonados e falsificados, em pelo menos 14 cidades do Rio Grande do Sul, incluindo Passo Fundo, além de outros estados como Santa Catarina e Paraná. Ele estava com a prisão preventiva decretada pela Justiça de Santa Rosa.
Somente em Passo Fundo ele causou prejuízos em pelo menos cinco estabelecimentos. O golpista comprava material de limpeza, ferragem, tintas, entre outros produtos, e realizava o pagamento com os cheques. A sofisticação do golpe chamou a atenção da polícia. Segundo o chefe de investigação da 2 ª DP, Luiz Castaldi, ele imprimia na folha de cheque todos os campos, inclusive da agência bancária. Munidos de documentos com o mesmo nome do correntista, conseguia enganar o sistema de consulta. “ Quando o funcionário da loja consultava no sistema, não encontrava problema algum. Mais tarde, após o depósito, o banco acabava identificando a fraude” explica Castaldi. Na maioria dos casos em Passo Fundo, o estelionatário utilizou cheques do Banco do Brasil.
Em uma das ações ele comprou três baldes de tinta, no valor de R$ 1,183 mil. O funcionário da loja consultou CPF no SPC e não encontrou irregularidade alguma. Mais tarde, foi informada pelo banco que o número da conta não conferia com o da agência e que se tratava de uma montagem. Em outro estabelecimento, ele adquiriu uma churrasqueira e uma polenteira, no valor R$ 1,3 mil.
Os policiais da 2ª DP vinham monitorando a ação do golpista desde novembro do ano passado. Dono de uma extensa ficha policial, ele é acusado de aplicar o mesmo golpe em cidades como Lajeado, Soledade, Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Veranópolis, Ijuí, entre outras. A prisão dele ocorreu no início da manhã, quando caminhava pelo bairro Cohab I. Questionado sobre as acusações, disse que somente falaria em juízo. Enquanto era levado para a delegacia, ele comentou com os policiais. “Meus filhos não tomam sopa de vinagre com perna de galinha. Alguém tem que pagar a fatura”.
O próximo passo, conforme Castaldi, é identificar o homem que acompanhou o estelionatário em algumas compras. Inclusive, as ações deles foram registradas pelo sistema de câmeras em alguns estabelecimentos. Outro desafio, é descobrir onde funcionava o esquema montado para falsificar e clonar os cheques. O acusado, cuja esposa tem residência em Passo Fundo, seria transferido para Santa Rosa.
Prisão
em dezembro de 2105, o estelionatário, juntamente com seu comparsa, havia sido preso pela polícia de Joaçaba/SC, após aplicar o mesmo golpe em uma loja onde adquiriu duas baterias, no valor de R$ 700 e efetuou o pagamento com cheques clonados. No veículo da dupla, os policiais apreenderam cerca de R$ 2 mil em mercadorias.