Cinco presos fogem do Presídio Estadual de Carazinho

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Recordista no número de fugas no Rio Grande do Sul no ano passado, com um total de 39 casos, o Presídio Estadual de Carazinho aumentou ainda mais esta estatística, no início da madrugada de hoje (07). Um grupo de 13 detentos que estava na cela 2 da galeria B, serrou as grades da janela. A guarda interna percebeu a movimentação por volta de 0h15min. Apesar dos disparos, cinco deles conseguiram escapar.

Diretor da casa prisional, Éberson Tapia de Oliveira revelou que os agentes já haviam frustrado uma tentativa de fuga no final da tarde de ontem. Por volta das 17h30min, eles estranharam a movimentação e encontraram as grades de uma das celas da galeria B serradas. “Estavam apenas esperando anoitecer para concluir a fuga” afirma. Todos os presos foram transferidos para outra cela, mesmo assim, não desistiram do plano. Eles novamente serraram as grades e passaram pela cerca de arame ao redor do prédio. Conforme o diretor, no local em que o grupo fugiu exite uma guarita externa, mas está desativada desde 2015 por falta de efetivo da Brigada Militar.

Dos cinco foragidos, três deles já haviam escapado do presídio de Carazinho anteriormente. Anderson Marins dos Santos, 27 anos, é apontado pela direção como líder da fuga. Preso na última sexta-feira, ele estava foragido desde outubro do ano passado, quando escapou da mesma casa prisional. “Assim que foi preso, na sexta-feira, começamos a trabalhar na transferência dele, mas como este processo depende de alguns trâmites burocráticos, demora um pouco. Ele ficou aqui e acabou fugindo” comenta.

Na avaliação do diretor, a sequência de fugas que coloca a casa prisional na negativa posição de líder em números de fuga no Rio Grande do Sul, está relacionada a alguns fatores básicos: situação do prédio, cuja construção é do início da década de 50 ; o problema da superlotação. O presídio tem capacidade para 132 detentos, no entanto, a população carcerária na segunda-feira era de 240 presos. Por último, a falta de efetivo, tanto de agentes da Susepe, como de policiais militares Brigada Militar. A falta de um muro alto ao redor do prédio também é apontado como um facilitador das constantes fugas. “Uma das galerias fica de frente para a rua. Depois de escapar das celas, o detento tem apenas uma cerca de arame como obstáculo” diz o diretor.


Fuga em massa
Uma das fugas que mais chamou a atenção no presídio estadual de Carazinho, ocorreu em junho do ano passado. Os presos abriram buracos nas paredes e interligaram seis celas da galeria A. Na cela 11, tiveram acesso a rua. Ao todo escaparam 21 presos.

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