Justiça Militar determina afastamento de oficial da BM

André Luís Otonelli Pithan , comandou o 3° BOE, com sede em Passo Fundo, durante quatro anos

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Preso há pouco mais de um ano, durante operação realizada pelo Ministério Público, em Pelotas, o oficial da Brigada Militar, André Luís Pithan, foi afastado do comando do 20º Batalhão de Polícia Militar. A determinação é da 1ª Auditoria da Justiça Militar, que acolheu denúncia contra o tenente-coronel por suposto envolvimento com esquema de milícia. Conforme a denúncia oferecida pelo promotor de Justiça Luiz Eduardo de Oliveira Azevedo, o oficial, que comandou o 3° BOE com sede em Passo Fundo durante quatro anos, recebeu, diretamente, em razão da função, a vantagem indevida de R$ 7 mil do proprietário de uma empresa cuja fachada era atuação na área de segurança privada.
Segundo apurado, o tenente da reserva da Brigada Militar Nelson Antônio da Silva Fernandes e seu filho, Wagner Nicoletti Fernandes, comandavam a empresa, conhecida como NASF, que foi alvo da Operação Braço Forte, em abril do ano passado.
De acordo com a denúncia, “todos aqueles que moravam na área de atuação da empresa, e não a contratavam –vítimas e testemunhas dos crimes cometidos pela organização criminosa – eram ameaçados de represálias à própria vida, integridade física e ataques aos respectivos bens patrimoniais”.
Conforme o Ministério Público, Pithan, em função das vantagens indevidamente recebidas, com o objetivo de “repassar informações privilegiadas de interesse da organização criminosa, deixava de praticar atos de ofício, quais sejam, apurar e reprimir os delitos cometidos pelos integrantes da NASF”.

Relembre
Quinze pessoas foram presas, 21 veículos recolhidos e um grande número de armas de fogo, armas brancas, porretes, algemas, celulares e computadores, entre outros equipamentos foram apreendidos no início de abril de 2016, durante a operação “Braço Forte”, desencadeada pelo Ministério Público em Pelotas.
Um dos capturados foi o comandante da Brigada Militar do município, tenente-coronel André Luis Pithan. Ele foi preso pelos promotores que realizavam a ação, no quartel, e estava com a arma de um homem envolvido no esquema de milícia. A Operação Braço Forte investigou crimes de tortura, formação de milícia armada, lesões corporais e dano a patrimônio de terceiros pela empresa de segurança Nasf, que atua em Pelotas e região.

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