Cooperativa é suspeita de desviar mais de R$ 17 milhões em sacas de soja

Polícia cumpriu mandados judiciais no RS e no Paraná. Passo Fundo foi uma das cidades alvos da operação

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Legenda: Segundo estimativa, uma cooperativa teria desviado mais de 170 mil sacas de soja, gerando um prejuízo no valor estimado de R$ 17 milhõesLegenda: Segundo estimativa, uma cooperativa teria desviado mais de 170 mil sacas de soja, gerando um prejuízo no valor estimado de R$ 17 milhões
Legenda: Segundo estimativa, uma cooperativa teria desviado mais de 170 mil sacas de soja, gerando um prejuízo no valor estimado de R$ 17 milhões
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A Polícia Civil desencadeou a Operação Colheita Maldita no Rio Grande do Sul e no Paraná, na manhã de sexta-feira (19). Além de Passo Fundo, a ação cumpriu 17ordens judiciais em outras sete cidades gaúchas: Rio Grande, Pelotas, Cruz Alta, Santana do Livramento e Porto Alegre, e uma no Estado do Paraná.

A operação teve como objetivo reprimir a prática, em tese, dos crimes de apropriação indébita, associação criminosa e lavagem de dinheiro, entre outros, no âmbito de uma cooperativa agrícola. Foram apreendidos documentos relacionados aos crimes em escritório da empresa, os quais serão analisados. Em Passo Fundo, a PC iria cumprir um mandato de busca e apreensão, mas a empresa não foi localizada no endereço informado.

Segundo os delegados Max Otto Ritter e André Lobo Anicet, a investigação teve início no segundo semestre de 2016, a partir da denúncia de agricultores que foram lesados pela Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto Ltda (Cooplatio). Segundo estimativa esta cooperativa teria desviado mais de 170 mil sacas de soja, gerando um prejuízo no valor estimado de R$ 17 milhões de reais.

A ação teve por objetivo apreender documentos que comprovem os crimes investigados, em que pese haja robusta prova obtida na quebra do sigilo bancário e fiscal dos investigados, salientaram o delegados. Participaram da Operação Colheita Maldita 85 policiais da Polícia Civil Gaúcha e seis da Polícia Civil do Paraná em 30 viaturas policiais.

Resposta

Em nota, a Cooplatio diz que "repudia, com veemência, as notícias que insinuam sua participação em qualquer conduta criminosa". Além disso, a resposta diz "que os fatos noticiados, remontando ao ano de 2010, se relacionam a uma discussão comercial entre a Cooperativa e apenas 1 (um) de seus mais de 30 mil associados". Por fim, a cooperativa afirma que "os fatos já são objeto de ação cível que tramita perante a Justiça Estadual em Porto Alegre/RS, desde 2015, na qual são discutidas as obrigações recíprocas entre a Cooperativa e seu associado".

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