O desaparecimento do ex-jogador de futebol Adair Lopes Bicca, de 71 anos, completou quatro meses em maio. A investigação é conduzida pela Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos (DEHD), que esbarra na falta de novas informações. “Houve a quebra do sigilo telefônico dele [Bicca], mas não conseguimos nenhum registro depois do desaparecimento”, afirma a delegada Daniela de Oliveira Mineto. “A única possibilidade que nós tínhamos de obter uma informação sobre o paredeiro seria com o celular, mas nós não obtivemos nenhum dados que fosse relevante.”
O desparecido morava sozinho em uma casa localizada na rua São João, na Vila Luiza. Qualquer informação deve ser repassada ao telefone 190 da Brigada Militar, 197 da Polícia Civil, 191 da Polícia Rodoviária Federal, 198 da Polícia Rodoviária Estadual.
Relembre o caso
Bicca foi visto pela última vez no dia 20 de janeiro deste ano, uma sexta-feira. Segundo informações, após participar de um almoço entre amigos, a maioria ex-jogadores, em uma chácara no interior de Mato Castelhano, ele retornou de carona para Passo Fundo. No cruzamento da rua Olavo Bilac, com a Avenida Brasil, no bairro Petrópolis, pediu para desembarcar e desapareceu.
Ainda em janeiro, a polícia analisou duas imagens de câmeras instaladas na região onde ele foi visto pela última vez. A primeira delas mostra o momento em que Bicca sai do veículo, caminha até a esquina e virá à direita, já na avenida, sentido bairro São José. O segundo equipamento captou apenas a imagem do ex-jogador indo em direção ao meio-fio, provavelmente para atravessar a avenida.
Natural da cidade gaúcha de São Gabriel, Adair tornou-se conhecido dos passo-fundenses ao defender o Gaúcho, na década de 60, como jogador e, posteriormente, como treinador. Ao longo da carreira, foi campeão estadual pelo Grêmio e jogou pelo Newell's Old Boys, da Argentina.