Delegada persegue e prende criminoso em Passo Fundo

Carolina Goulart realizou prisão no intervalo do trabalho. Vídeos da ação foram publicados nas redes sociais

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Delegada teve ajuda de um sargento aposentado da BMDelegada teve ajuda de um sargento aposentado da BM
Delegada teve ajuda de um sargento aposentado da BM
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A delegada Carolina Goulart, da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Passo Fundo, dirigia seu carro pela Rua Independência, no centro da cidade, por volta das 16h15, de terça-feira (6). Ela estava no intervalo do trabalho. Quando fazia a conversão para entrar na Fagundes dos Reis, Carolina viu um homem que descia correndo a rua, em atitude suspeita, em direção à Vila Cruzeiro.

Ela decidiu abordar o indivíduo e iniciou o acompanhamento de carro. Na Rua General Osório, ainda no Centro, ela iniciou a abordagem pessoal ao homem. Antes disso, Carolina alertou a filha, que também estava no veículo. “Falei que ia abordar o individuo. Orientei ela a sair do carro, ficar longe da abordagem e ligar para a Brigada Militar.”

Foi o que a filha fez. Carolina, que estava armada, conseguiu alcançar o suspeito. Pouco tempo antes de ser preso, o homem dipensou uma faca que trazia consigo e jogou um telefone celular embaixo de um carro. O aparelho havia sido roubado minutos antes, na Fagundes dos Reis, de um estudante de música da UPF, de 18 anos. Para prender o assaltante, Carolina foi ajudada por um sargento aposentado da BM, identificado como Clairton, que passava pela rua. A vítima chegou ao local logo depois e reconheceu o criminoso.

Diversas pessoas assistiram à abordagem, mas não ajudaram a delegada. Em seguida, policiais da Bike Patrulha da BM colaboraram com a prisão. Algumas testemunhas filmaram a prisão e os vídeos foram publicados nas redes sociais. A delegada recebeu diversos elogios pela ação. “Foi meu instinto de policial. O sangue ferveu”, disse ela. “A gente faz por amor à polícia, pela comunidade. Fico feliz de verdade.”

Outros comentários, no entanto, apontam um possível excesso por parte da delegada durante a ação. Ela afirma que isso não é verdade. “O palavreado que a gente usa com o bandido tem que ser do mesmo nível dele ou não somos respeitados”, explica ela. “Eu não posso abordar um indivíduo e falar ‘senhor, por favor, pare, que aqui é a polícia’. Assim ele não me respeita, ainda mais porque sou mulher e estava sozinha.”

Carolina afirma que fez o que podia dentro das circunstâncias, e que não mudaria em nada a abordagem. “A única coisa que talvez eu teria que ter controlado é a minha adrenalina diante de toda a situação de stress que vivi.” Um dos vídeos mostra que, durante a prisão, a delegada dá um tapa no criminoso que já estava imobilizado. Isso ocorreu, segundo ela, pela situação de “stress da abordagem e da provocação do bandido”. “O meu erro talvez foi ter dado um tapa num indivíduo que estava debochando da minha cara”, explica.

A delegada enfatiza que o preso não sofreu nenhum tipo de agressão fora o tapa que é possível ver no vídeo. “As críticas de pessoas que não trabalham na área são só para denegrir a imagem dos policiais e desmerecer o trabalho. O que fiz foi com intuito de beneficiar a sociedade e trazer de volta para a vítima o patrimônio que foi subtraído por um meliante”, conclui Carolina

O assaltante, de 26 anos, tem diversos antecedentes criminais por roubos. Ele foi preso em flagrante pela delegada, depois foi levado à delegacia e recolhido ao Presídio Regional de Passo Fundo.

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