A ocorrência em que Tiago de Lima Carvalho, de 33 anos, fez refém Geni Madalena dos Santos, de 37, gerou diversas manifestações nos espaços de ON nas redes sociais. Algumas delas criticavam a negociação feita com o homem para que ele libertasse a mulher, no caso ocorrido na terça-feira (29), no Loteamento Professor Schisler, em Passo Fundo. O episódio teve início por volta das 7h30 e a BM foi acionada depois das 10h. Após pelo menos três horas de negociação, Tiago atirou na cabeça de Geni e investiu contra os policiais, que responderam. O homem foi baleado e morreu logo em seguida.
Segundo o comandante do 3º RPMon, Paulo César de Carvalho, durante toda a ocorrência, os PMs seguiram o protocolo adequado para esse tipo de caso. "A Brigada Militar agiu dentro da técnica, dentro das doutrinas internacionais em uma situação de crise", afirma. De acordo com ele, os policiais trabalharam para persuadir Tiago a se entregar e não ferir a vítima, no caso Geni. "A ocorrência estava traquila, mas depois ele [Tiago] resolveu atirar na mulher, que gerou toda aquela situação. Saiu fora de controle por ele, e em nenhum momento pelas forças policiais que estavam ali", pontua o major.
O comandante aponta que os policiais que tomaram a frente na negociação fizeram cursos para atuar em situações de crises e utilizaram todos os conhecimentos. Além disso, o major responde aos questionamentos sobre o porquê de a BM não ter atirado em Tiago no momento em que ele fazia a vítima refém. "Isso tudo depende da situação do momento. E, naquele momento, não caberia o disparo. Em função de todo o ambiente que estava montado não tinha a oportunidade de atirar, porque ele estava o tempo todo com a arma engatilhada na cabeça da mulher", explica o major. "Nós trabalhamos dentro da legalidade", finaliza.
Estado gravíssimo
Geni Madalena da Silva dos Santos permanece internada em estado de saúde gravíssimo no CTI Central do Hospital São Vicente de Paulo em Passo Fundo. Ela foi baleada na cabeça e levada para atendimento logo depois, onde permanece.