PF e BM fazem operação em Charrua

Policiais prenderam cinco pessoas durante ação deflagrada na terça-feira (12)

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A Polícia Federal cumpriu mandados de prisão e de busca em apreensão no município de Charrua e na Reserva do Ligeiro, durante operação realizada na manhã de terça-feira (12). Há cerca de um mês, dois grupos dissidentes entraram em conflito. Mais de 50 residências foram queimadas, além de alguns veículos. Pelo menos 400 indígenas permanecem acampados nos ginásio municipal de Charrua. 

 

A operação foi coordenada pelo Delegado da Polícia Federal Eduardo Brun e pelo Comandante do 3º Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Passo Fundo, Major Eriberto Branco. Ao todo, 130 policiais da Brigada Militar, incluindo o 3º Batalhão de Operações Especiais (BOE), de Passo Fundo, Pelotão de Operações Especiais (POE) de Passo Fundo e Erechim, além de 35 agentes da Polícia Federal. Além disso, quatro servidores do Ministério Público Federal de Erechim acompanharam as ações. Os grupos partiram no início da manhã, do município de Getúlio Vargas.

 

A primeira etapa da operação aconteceu no ginásio esportivo, onde as famílias estão acampadas. Todos os indígenas foram identificados. Na sequência, o efetivo se deslocou para a Reserva do Ligeiro. Ao todo, cinco pessoas foram presas durante a operação. Um indivíduo que tinha um mandado de prisão em seu nome já estava preso. Os policiais não encontraram armas.

 

Os pedidos de prisões preventivas foram decretados pelos crimes de tentativa de homicídio dentro da reserva e outros por não pagamento de pensão alimentícia. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos municípios de Água Santa e Getúlio Vargas. Os presos foram conduzidos para a delegacia da PF em Passo Fundo. Para garantir a segurança no pequeno município de Charrua, a Brigada Militar de Passo e Erechim estão reforçando o policiamento na cidade. As aulas nas redes municipal e estadual, que haviam sido suspensas na semana passada, já foram retomadas.

 


Solução para o conflito

Em entrevista ao ON, na segunda-feira (11), o coordenador regional da Funai, Laureano Ártico, disse que vem conversando com representantes de ambos os grupos na tentativa de encontrar uma solução para o conflito. A dificuldade, segundo ele, está na falta de cumprimento dos acordos estabelecidos por parte de um dos grupos. Lideranças que estão acampadas no ginásio encaminharam à Funai, através do Ministério Público Federal, o pedido de novas eleições para escolha do novo cacique na reserva.

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