Um parente reconheceu os três corpos localizados em Não-Me-Toque, na manhã de domingo (1). Segundo ele, são da família de Carazinho que estava desaparecida havia quatro meses. O reconhecimento foi feito na manhã de segunda-feira (2), no Instituto Médico Legal (IML) de Passo Fundo, pelo irmão de Roberto Carlos Terres, de 46 anos, que desapareceu junto com a esposa Cristina Johan, de 50, e a filha deles, Maria Elisabeth Johan, de 15.
Em maio deste ano, eles foram até o município de Colorado para negociar um veículo e teriam sido recebidos a tiros. Desde então não foram mais vistos. Além do familiar, o delegado responsável pela investigação, Edinei Albarello, também confirmou a informação de que seriam da família. Segundo o coordenador regional do Instituto-Geral de Perícias de Passo Fundo, Ricardo Telló Durks, os corpos já foram necropsiados para apontar a causa da morte das vítimas. O resultado ficará pronto nos próximos dias. Além disso, exames de DNA serão feitos e devem ser repassados à polícia no máximo em 30 dias.
Corpos
Por volta do meio-dia de domingo, dois moradores do interior do município de Não-Me-Toque que estavam cortando lenha visualizaram um crânio humano e acionaram a polícia, que encontrou os três corpos em uma cova rasa. De acordo com o delegado Edinei Albarello, são vários os fatores que indicam que os corpos são da família: a questão das vestimentas, que são compatíveis as que as vítimas usavam no dia do desaparecimento; o fato de serem duas mulheres e um homem; e, por fim, a localização dos corpos, que estavam em uma região entre os municípios de Não-Me-Toque e Colorado, onde a família foi vista pela última vez.
Relembre o caso
A família saiu de Carazinho, junto com um vizinho, e foi ao município de Colorado, no dia 24 de maio. Lá, eles negociariam um veículo. Segundo o depoimento do vizinho à polícia, quando chegaram ao local, eles foram recebidos a tiros. O homem foi o único a conseguir fugir e informar as autoridades.
No dia seguinte, a Brigada Militar foi informada que um automóvel VW/Gol havia sido encontrado totalmente queimado em um bairro de Mormaço, a cerca de 50 km de Colorado. O veículo foi identificado como sendo o da família. A PC trabalha com a hipótese de que os três desaparecidos tenham sido mortos pelo homem que tinha uma dívida com uma das vítimas. O suspeito teve a prisão decretada dias depois do desaparecimento.
Dias depois, o suspeito, um homem de 47 anos, foi preso em Carazinho. O indivíduo foi indiciado por três homicídios qualificados, três ocultações de cadáver e uma tentativa de homicídio contra o vizinho que estava com a família no dia do acontecimento. A justiça de Tapera é responsável pelo julgamento do caso.