Agentes da Polícia Civil do Rio Grande do Sul entraram em greve na manhã de segunda-feira (9). A decisão havia sido tomada na semana passada, em assembleia da categoria em Porto Alegre. Os policiais do município também aderiram ao movimento e os serviços passaram a ser realizados por 30% do efetivo.
De acordo com a representante da Ugeirm - sindicato dos escrivães, inspetores e investigadores – em Passo Fundo, Dalva Rejane Azambuja, a greve tem como objetivo exigir que o governo pare de parcelar os salários. "Faz 23 meses que o governo vem nos pagando parcelado, do jeito que ele quer. O nosso 13º [salário do ano passado], ele parcelou em 10 vezes e a última parcela vamos receber no mês que vem", explica.
Segundo ela, a luta do movimento é pelo respeito à categoria e para manter os direitos conquistados. "É somente isso. Não estamos reivindicando mais nada. Não estamos pedindo aumento do salário ao governo, e sim exigindo que ele cumpra com os nossos direitos." De acordo com o movimento, serão mantidos os atendimentos de urgência e emergência no período que durar a greve, o que representa a manutenção 30% de cada órgao da PC, quando houver a necessidade de atuação pela emergência e urgência. O objetivo é garantir a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis à comunidade.
O que funciona
Segundo o Ugeirm Sindicato, a determinação é para que não haja circulação de viaturas, de modo que todas devem permanecer no órgão a que pertencem enquanto durar o movimento grevista. Também não haverá cumprimento de mandados, operações e ações policiais, serviço cartório, entrega de intimações, oitivas, remessas de Inquéritos Policiais ao Poder Judiciário e demais procedimentos de polícia judiciária.
As delegacias e os plantões somente atenderão os flagrantes e casos de maior gravidade, tais como: latrocínios, homicídios, estupros, ocorrências envolvendo crianças, adolescentes e idosos e Lei Maria da Penha, além daquelas ocorrências em que o Comando de Greve ou o plantonista julgar imprescindível a intervenção imediata da Polícia Civil.
Em nota oficial, a Associação dos Delegados da Polícia Civil do RS (ASDEP) manifestou solidariedade e apoio às reivindicações dos agentes, além de orientar aos seus associados que apoiem a decisão da assembleia da Ugeirm Sindicato, suspendendo a realização de operações policiais e outros procedimentos.
Registrar BO
O movimento alerta que ocorrências de menor gravidade, como furtos, roubos e acidentes de trânsito sem feridos, sejam registradas através do site www.delegaciaonline.rs.gov.br.