Em menos de um mês, três homicídios foram registrados em Passo Fundo. Desses, apenas o último não foi elucidado, mas a polícia já chegou aos suspeitos. A equipe de investigação da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos deve ouvir os supostos autores do crime que ocorreu no último domingo ainda esta semana.
Já o proprietário do veículo Fiat/Uno encontrado próximo ao corpo de Jonas Luís da Silva, de 19 anos, foi ouvido no mesmo dia do fato, mas não compareceu na delegacia ontem (16), como havia combinado. O mesmo alegou à polícia, que apenas teria emprestado o carro para a vítima.
De acordo com o chefe de investigação, Volmar Menegon, a motivação do fato envolve questões afetivas. “Não podemos adiantar detalhes, para não prejudicar a investigação que já está bastante adianta, mas seria uma briga envolvendo mulher”, comenta.
O jovem foi encontrado morto às margens da BR-285, em Passo Fundo, na manhã de domingo, por populares. Próximo ao corpo havia um veículo caído no barranco. “Joninhas”, como é conhecido, foi morto com um tiro na cabeça e desovado no local, somente com a cueca e a camiseta.
Elucidados
Outros dois crimes, ocorridos no final de setembro, foram esclarecidos. Em ambos os casos, os suspeitos assumiram autoria. Segundo Menegon, dois irmãos eram suspeitos pelo homicídio que ocorreu no último dia 23, na rua Luiz Langaro, no bairro Ipiranga.
Testemunhas teriam visto os dois homens correndo pela rua. “Eles falaram para os conhecidos que saíssem da rua, pois haviam matado uma pessoa e logo apareceria polícia no local”, diz.
Ambos foram ouvidos ontem à tarde, na delegacia. O irmão mais novo, de 19 anos, negou participação no caso e disse que dormia no momento do fato. O mais velho, de 25 anos, assumiu o crime sozinho e justificou as facadas que tiraram a vida de Marcelo Luiz Ramos, de 25 anos. “Ele disse que a vítima tentou assaltar ele, por isso desferiu as facadas”, relata. Na cintura da vítima do homicídio havia uma imitação de arma de fogo. Também conhecido como “Marcelinho”, o homem estava foragido do sistema prisional.
Da mesma forma, o suspeito do homicídio ocorrido no último dia 29 assumiu a execução do fato. O autor do crime, de 40 anos, confirmou a versão de uma testemunha, alegando que tanto ele, quanto a vítima, bebiam em um bar, onde brigaram por causa de uma marmita de comida. Como Luciano Garcia, de 42 anos, não quis dividir a comida com o conhecido, foi prometido de morte. “O autor saiu na frente, dizendo que mataria o desafeto com uma pedrada na cabeça”. Mais tarde, a vítima que sofreu ameaça foi encontrada morta próximo da Caravela – no trevo de saída para Ernestina – com ferimentos na cabeça. Os réu-confessos serão indiciados por homicídio e devem responder em liberdade o processo.