Trio que agrediu garota de programa é condenado

Eles estavam presos desde o início do ano passado, pela tentativa de homicídio

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Quase dois anos após agredirem severamente uma garota de programa, que chegou a ser abandonada às margens da BR-285, sem roupa e com sinais de tortura, os responsáveis pelo crime foram condenados. A sessão do Tribunal do Júri ocorreu nessa terça-feira (28) e determinou a reclusão do trio ao presídio por, no mínimo, 10 anos. Eles devem cumprir pena por tentativa de homicídio.
Na ocasião, a mulher de 46 anos foi localizada no acostamento da rodovia que fica entre Mato Castelhano e Lagoa Vermelha. Ela foi socorrida por indígenas que comunicaram o fato a Brigada Militar de Passo Fundo. A vítima contou que foi abandonada no local, depois de ter sido espancada por três homens, que lhe contrataram como prostituta.
Ela afirmou que estava nos fundos da Estação Rodoviária quando foi abordada pelos homens em um automóvel de cor escura e que queriam fazer um programa sexual. Ela aceitou e embarcou no carro. Depois do programa, começou a ser agredida a socos, chutes, pauladas, golpes de canivete e queimada com cigarro nas costas. Ela foi despida e deixada em um mato. Pela gravidade dos ferimentos, não conseguiu se locomover e resistiu durante quatro dias, até ser encontrada.
Após investigações, a Polícia Civil identificou os suspeitos. Os três foram presos em março, no ano anterior, em diferentes cidades – Vacaria, Lagoa Vermelha e em Gravataí, onde um deles estava internado em uma clínica de recuperação de dependentes químico. Em depoimento, dois dos participantes no fato transferiram ao dependente químico a culpa sobre as agressões.
Conforme a versão contada por eles, à polícia, o trio teria vindo ao município para uma festa. Antes de voltarem para Lagoa Vermelha, o usuário pediu para que abordassem a vítima, a fim de obter drogas. A garota de programa levaria o grupo até uma boca de fumo, mas, como não cumpriu com combinado, resolveram larga-la na estrada.
O amigo, dependente químico, passou a agredi-la dentro do veículo, bem como passar a mão no corpo dela. Eles alegaram que ela tentou fugir quando pararam o carro, o que os motivou à agressão. Quando acharam que ela estava morta, fugiram.
Os três foram condenados pelo mesmo crime, porém, com penas diferentes. Para um deles foi arbitrado 10 anos e quatro meses de reclusão. Os outros dois devem responder a mais de 11 anos. O trio, que já estava preso, foi conduzido de volta ao estabelecimento comercial.

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