Em primeiro lugar no Estado no que se refere a indiciamentos e inquéritos remetidos ao Poder Judiciário, a equipe da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos (DEHD) comemora os resultados de 2017. Até novembro, quando a Diplanco – órgão responsável por contabilizar os números – divulgou os índices, a delegacia estava com 89% de elucidação dos crimes. “O inquérito mais antigo que temos hoje, é de julho, mas há outros mais recentes também já encaminhados. Na medida em que ficam prontos – sejam eles elucidados ou não –, nós os remetemos, ou seja, é um resultado fidedigno”, esclarece.
Em relação aos homicídios, houve acréscimo nos números. Em 2016, apenas em Passo Fundo, o ano encerrou com 37 homicídios, para 42 em 2017. Esse aumento não pode ser considerado relevante, segundo a delegada titular, Daniela de Oliveira Mineto. “Até porque, computando os crimes tentados aos consumados – tentativas de homicídio e homicídios – tivemos certa redução. Nos últimos dias estávamos com uma baixa de 16% no geral, em relação ao ano passado (2016)”, comemora.
Também, em uma retrospectiva dos últimos cinco anos, há um encolhimento nos índices dos crimes contra vida. Em 2012, quando foi instalada a Força Tarefa de Combate aos Homicídios, que contava com uma equipe específica para investigar esses casos e que deu origem à DEHD, as mortes violentas eram superiores a 50. A partir de lá, os números caíram em pelo menos 20% e foram mantidos na mesma média.
Esse decréscimo é atribuído ao trabalho da polícia. “Como o homicídio tem várias motivações, diferente dos outros delitos, ele é mais difícil de prevenir. Não sabemos onde ele vai acontecer, nem que horas ou com quem. Por isso que existe a delegacia especializada, para que se busque, em longo prazo, uma redução desses números”, pondera.
A agilidade na resposta da polícia é a forma encontrada para, se não reduzir, ao menos manter os índices. “Quanto mais rápido se traz a resposta, se consegue uma condenação, ou mesmo prisões preventivas, mandados de busca, recolhendo armas que estão nas mãos desses delinquentes, mais efetivo o resultado: a gente consegue a longo prazo conter um pouco mais essa criminalidade”, conclui.
Tentativa de homicídio
Embora não pareçam tão graves, as tentativas de homicídio são consideradas da mesma magnitude pela delegada. “Como diz o próprio tipo penal, a tentativa de homicídio ocorre quando a pessoa não morre por circunstâncias alheias à vontade do autor. Ou seja, o autor queria matar, mas a vítima teve sorte. E por isso a gente trabalha com a mesma seriedade para os dois crimes”, esclarece.
Quais foram os meses mais violentos?
Janeiro começou de forma atípica, se comparado aos anos anteriores. Dos 42 crimes, sete ocorreram no primeiro mês do ano. Em segundo lugar esteve o mês de junho, com seis homicídios. Já o mês com menor índice foi maio, com apenas um homicídio.
Janeiro – sete mortes
Fevereiro – duas mortes
Março – quatro mortes
Abril – duas mortes
Maio – uma morte
Junho – seis mortes
Julho – duas mortes
Agosto – três mortes
Setembro – quatro mortes
Outubro – três mortes
Novembro – quatro mortes
Dezembro – quatro mortes
Últimos anos
Em 2017 – 42 homicídios
Em 2016 – 37 homicídios
Em 2015 – 42 homicídios
Em 2014 – 39 homicídios
Em 2013 – 52 homicídios