O número de prisões realizadas em 2017 pela Brigada Militar dobrou em relação ao ano anterior, no município. Da mesma forma, houve aumento de 50% nas apreensões de adolescentes, nas capturas de foragidos e no cumprimento de mandados de prisões preventivas. As ações pontuais de abordagens, somadas às atividades realizadas pelo setor de inteligência da instituição resultaram não só no acréscimo de capturas, como, também, na redução dos índices de criminalidade. O balanço foi divulgado na tarde de ontem (03), pelo comandante do 3° RPMon, Major Paulo César de Carvalho.
De acordo com o major, uma estratégia de trabalho foi estabelecida aos policiais no ano passado. Cada guarnição deveria realizar sete abordagens, ao menos, no tempo de 12h. Além do plano estipulado, Carvalho atribui o resultado positivo à parceria entre corporações de segurança: “A comunicação entre Brigada Militar, Polícia Civil e Susepe foi muito importante, para chegarmos a essa redução”, afirma.
Na área rural houve uma baixa de 14,3% nos furtos abigeatos e de até 35% nos roubos. “Não temos mais uma patrulha rural, como antigamente, mas ela funciona dentro do Pelotão de Operações Especiais (POE), que atua no interior, conforme o planejamento. Quando sai duas ou três viaturas, uma delas vai para área rural”, esclarece.
Segundo o comandante, o latrocínio que ocorreu do Distrito de São Roque, no último mês de outubro, só teve uma resposta rápida porque a guarnição estava naquela região. “Quando a vítima ligou para a Sala de Operações, ela não teve tempo de se identificar, apenas de dizer a localidade. A guarnição iniciou as buscas sem mais informações, até cruzar com o veículo em alta velocidade, onde estavam os acusados”, relata. Naquela data, um dos criminosos foi preso em flagrante e o veículo foi recuperado.
A viatura só estava na área onde ocorreu o crime, segundo o major, devido ao trabalho realizado em cima das estatísticas. “Por isso é muito importante o registro da ocorrência, mesmo que seja de um furto de botijão de gás. Do contrário, nós não sabemos onde o criminoso está atuando”, pontua.
Os furtos de veículo e os furtos qualificados – casas e estabelecimentos comerciais arrombados – também apresentaram redução de 15,6% e 14,7%, respectivamente. Ao contrário, o roubo de veículo apresentou aumento de 10,8%. “Os carros estão cada vez mais modernos e difíceis de furtar. O criminoso precisa render a vítima, ao invés de arrombar o carro e levar ele, motivo que contribui para esse acréscimo nos roubos”, explica.
Já em relação ao roubo em transporte coletivo, o número reduziu mais que a metade. Segundo Carvalho, em 2016 houve uma explosão de ocorrências nesse gênero, devido ao consumo de drogas. “Dos atuantes nesse tipo de delito, alguns estão presos, outros internados e em tratamento, o que resulta nessa baixa. Acredito que com a bilhetagem eletrônica, os números reduzam ainda mais”, comenta.
Já em relação à apreensão de armas de fogo, os índices são comemorados. Foram apreendidas 92 armas. “Nós sempre repetimos ao efetivo, que a cada arma que o policial tira das ruas, ele protege a si mesmo, à própria família e a comunidade em geral. A arma que deixamos passar, pode nos agredir lá adiante”, pondera.
A proteção de todos também depende da boa atuação do policial, motivo pelo qual os integrantes do 3° RPMon passam por treinamento mensal. “Com essa instrução, além de melhorar o trabalho ostensivo nas ruas, conseguimos reduzir o número de policiais feridos em ocorrência, em até 50%”, comemora.
ROCAM
A Ronda Ostensiva Com Apoio de Motos é a guarnição mais rápida do Regimento. De acordo com o major, os policiais atendem aos chamados em questão de poucos minutos. “Nó máximo eles demoram sete ou oito minutos”, diz.