Era madrugada de domingo (14), quando a mãe de Douglas Lima de Almeida recebeu a ligação. De dentro do presídio, o telefonema feito por um colega de cela de “Dôga”, informava sobre a morte do filho. O detento, de 25 anos, foi encontrado enforcado no banheiro do alojamento Seguro – onde ficam os presos que correm alguns riscos em relação aos demais. O fato foi registrado como suicídio, mas a versão da morte é contestada pela família. “Eu sabia que iriam matar ele”, declara a mãe.
Horas antes, Marli Pereira de Lima se preparava para dormir quando começou a receber as ligações feitas pelo filho. “Ele pedia socorro e dizia ‘tão fazendo um buraco na parede da cela, pra passar a corda. Eles vão me matar’”, lembra. Desesperada, Marli tomou a única atitude que lhe era de alcance: ligou para a penitenciária. Foram duas ligações em um tempo de 20 minutos. “Uma agente atendeu e eu, chorando, disse: vão matar meu filho. Falei do buraco na cela, mas ela negou. Eu pedi que tirasse ele daquela cela e ela me falou que estava entrando em contato com o vice-diretor, pra ver o que poderiam fazer”, relata.
Quando a ligação acabou, a mãe de Dôga não conseguiu mais contato com a penitenciária.
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