BM e direção debatem ações para conter violência em escola

Somente nos últimos dois meses, mais de 50 vidros da escola foram quebrados

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Telas ao redor do pátio estão completamente danificadasTelas ao redor do pátio estão completamente danificadas
Telas ao redor do pátio estão completamente danificadas
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O comando da Patrulha Escolar Comunitária da Brigada Militar, voltou a se reunir ontem à tarde, com a direção da Escola Municipal de Ensino Fundamental Coronel Sebastião Rocha, no bairro Valinhos, para definir estratégias de segurança. Sem um muro de proteção ao redor do pátio, o educandário tem sido alvo frequente de vândalos e usuários de drogas.


A situação já havia sido debatida durante reunião realizada terça-feira, entre direção, Brigada Militar, e representantes da prefeitura. De acordo com a diretora, Maria Scorsatto, todas as atividades realizadas no pátio da escola, incluindo recreio, aulas de educação física e brincadeiras na pracinha, foram canceladas há uma semana, por medida de segurança. Os 200 alunos permanecem no interior do prédio, durante todo o turno da manhã ou da tarde.


Conforme a diretora, a tela de arame, que seria a única barreira para impedir a entrada no pátio, está totalmente danificiada. Os ladrões levaram até uma parte do portão principal. "Mesmo durante as aulas eles entram no pátio para consumirem drogas. Ameçam professores e alunos. Utilizam a quadra de esporte no momento em que o professor necessita para alguma atividade. A situação está bem complicada. Outro dia entraram com dois pit bulls, imagina o perigo para as crianças " desabafa.


As marcas de vandalismo estão espalhadas pelo prédio. Somente nos últimos dois meses, mais de 50 vidros foram quebrados. Parte deles substituídos e destruídos novamente. Desde o início do ano, o prédio sofreu dois arrombamentos. O abrigo de proteção do botijão de gás, no lado externo, teve a porta totalmente danificada.


Comandante da Patrulha Escolar Comunitária, o tenente Daisson, disse que a BM, juntamente com a direção, está definindo estratégias de ação, para reduzir os índices de violência no local. O policial afirma que a escola apresenta uma série de 'fonte de risco' que facilita a ação dos vândalos. Uma delas é a existência de um prédio abandonado, nos fundos do educandário. No local funcionava um PSF da prefeitura. "Eles entram pela lateral e pulam para dentro da quadra de esportes. Outra fonte de risco é a falta de iluminação. As lâmpadas dos postes estão queimadas, fica muito escuro durante à noite. A falta de um muro também facilita muito a entrada no local" afirma. Além destas medidas, Daisson comentou com a direção a possibilidade de realizar ações preventivas, como palestras com os alunos. Segundo a diretora, a prefeitura, através da Secretaria Municipal de Educação, informou que pretende encaminhar a construção do muro através de medidas compensatórias.

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