Foco no policiamento preventivo

Além de reduzir o número de crimes, atuação pretende aproximar a polícia da comunidade

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Comandante do 3°RPMon aconselha a população que elogie o policial durante a abordagemComandante do 3°RPMon aconselha a população que elogie o policial durante a abordagem
Comandante do 3°RPMon aconselha a população que elogie o policial durante a abordagem
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Para reduzir os índices de criminalidade no município, a Brigada Militar traçou uma nova estratégia de atuação, que pretende dar maior visibilidade aos policiais fardados, como lhes confere as leis estaduais e a própria Constituição Federal. O novo plano também conta com a integração dos esquadrões do 3° Regimento de Polícia Montada com o 3° Batalhão de Operações Especiais e reflete, diretamente, na redução da carga de trabalho da Polícia Civil, que, por sua vez, pode dedicar mais tempo às apurações graves e aos crimes que não tem autor identificado.


De acordo com o comandante do 3° RPMon, tenente-coronel Volnei Ceolin, a nova proposta é de uma polícia mais proativa, ostensiva, que aparece para a população. “Esses policiais serão vistos através das fardas, das viaturas e das abordagens. Nossa intenção é estar em contato com a comunidade para sabermos quais são suas dúvidas, seus anseios e quais problemas elas têm. Para isso, vamos apostar na fiscalização”, expõe.


A mesma postura preventiva foi assumida pelo 3° BOE. De acordo com o comandante, major Rogério Schmidt Navarro, o efetivo é empregado, principalmente, nas cidades pequenas da região. “Nesse trabalho conjunto, acertamos que o BOE vai atuar 24h por dia, com barreiras e abordagens nos municípios menores da região, onde o número de efetivo é reduzido, enquanto os policiais do regimento se concentram em Passo Fundo. Assim, podemos evitar os assaltos a banco, que, como vimos, têm ocorrido no Estado”, esclarece.


Quando necessário, ainda conforme Navarro, as guarnições também prestam apoio nas barreiras realizadas na cidade ou no interior do município, que agora conta, mais uma vez, com a proteção da Patrulha Rural. “Nós percebemos que, com essa parceria e com essa tática, os índices de criminalidade estão baixando”, comemora.


E, se o número dos crimes diminui, a demanda da investigação também reduz. Segundo o delegado regional, Adroaldo Schenkel, a Polícia Civil trabalha com o pós-crime, ou seja, com a repressão, que envolve a apuração de todos os fatos delituosos. “Na medida em que as ações da BM evitam crimes ou identificam imediatamente - com ou sem prisão - os autores de parte deles, há redução da carga de trabalho da PC, que, por consequência, pode trabalhar mais em relação às quadrilhas, ao tráfico de drogas e nos delitos que envolvem organizações criminosas”, enfatiza e conclui: “Quando trabalhamos juntos, a Segurança Pública se torna mais efetiva e quem ganha é a sociedade”.

 

Áreas de atuação
* Centro
A área central fica especialmente sob a responsabilidade dos membros da Bike Patrulha e dos integrantes da Rocam. Nessa região, as guarnições atuam para diminuir os furtos e roubos a pedestre, tanto nas ruas, como nas praças. “Queremos devolver o espaço para as pessoas de bem. Que elas possam sentar com suas famílias para conversar, para tomar seu chimarrão e, até mesmo, que possam atravessar com segurança”, comenta.

* Bairros
Já nos bairros estão, em sua maioria, os policiais do 2° Esquadrão, do Núcleo de Policiamento Comunitário e do Pelotão de Operações Especiais. Essa área conta com barreiras diárias que, no primeiro momento, buscam identificar o cidadão e, posteriormente, localizar objetos ilícitos. “Pretendemos levar segurança para toda comunidade, para que as pessoas frequentem todos os locais sem se preocupar”, afirma.

* Interior
A comunidade do interior, conforme Ceolin, traz preocupação para a Brigada Militar, motivo pelo qual foram feitas alterações nas escalas, para que seja atendida na mesma proporção. “Temos algumas escalas que não divulgamos antecipadamente, justamente para que nossa patrulha possa chegar ao local e fazer as abordagens com segurança. E essa sensação de deslocamento da patrulha faz com que aquelas pessoas que estão tentando fazer algum mal a essa circunscrição vizinha não saibam especificamente que dia, hora e local estamos atuando, mas posso dizer que estamos atuando e com força”, afirma.

 

Motivação
De acordo com o Tenente-Coronel, a motivação do servidor faz diferença na hora de atuar. “Mas é a comunidade que tem que motivar o servidor. Por isso que eu sempre aconselho: elogiem o policial que está na rua diuturnamente levando segurança para a população. Agradeçam quem faz a abordagem. Se aproximem do policial e digam ‘muito obrigado’. Não sou eu, comandante que devo receber o elogio, mas quem está em contato direto com os cidadãos. Assim que vamos mudar alguns hábitos e adquirir cada vez mais segurança”, conclui.

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