Convênio para atendimento às vítimas de violência é firmado

Após registro de ocorrência, vítimas de violência domésticas receberão o atendimento psicológico imediato

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Criada para realizar intervenções com as vítimas de violência e os agressores, a Clínica de Estudos, Prevenção e Acompanhamento à Violência (Cepavi), um projeto de extensão da Universidade de Passo Fundo (UPF), passa a prestar atendimento psicológico imediato às vítimas de violência que realizam boletim de ocorrência. Por meio de um convênio assinado entre o projeto de extensão e a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Passo Fundo, após cada boletim registrado, será informada a disponibilidade do serviço e sugerido que a vítima procure o atendimento.


O convênio foi assinado pela coordenadora do Cepavi, professora Dra. Ciomara Benincá, e pela delegada da DEAM, Rafaela Bier. A parceria irá beneficiar vítimas de violência que procuram a Delegacia Especializada, principalmente mulheres e crianças. De acordo com Ciomara, desde 2002, o projeto vem desenvolvendo ações terapêuticas e preventivas nas diversas esferas que implicam em situação de violência, envolvendo crianças, adolescentes, adultos e idosos.


Segundo ela, nessa atividade, os alunos extensionistas têm a possibilidade de exercer atividades profissionais supervisionadas, promovendo a qualificação teórico-prática da sua formação, ao mesmo tempo em que atendem ao compromisso ético da UPF com os mínimos sociais e com a comunidade como um todo. “Especificamente com as vítimas de violência encaminhadas pela DEAM, os futuros psicólogos têm seu aperfeiçoamento técnico pautado no exercício profissional consciente e comprometido com uma visão crítica do seu contexto social”, explica ela.


Atendimento

Com o convênio, o atendimento psicológico será imediato às vítimas de violência que, ao realizarem boletim de ocorrência na Delegacia, serão informadas sobre o serviço e, imediatamente será fornecido o local, o horário e o estagiário que acompanhará a mulher e as crianças, se necessário. “Essa informação se dá mediante uma agenda compartilhada entre o Cepavi e a assistente social do DEAM, que faz a ocorrência”, comenta Ciomara.


As professoras da UPF Ciomara Benincá, Mirna Branco e Suraia Ambros supervisionam semanalmente os alunos extensionistas que prestam atendimento às vítimas, preferencialmente aqueles que já passaram por experiência de estágio curricular. “Serão realizadas reuniões sistemáticas entre professores e acadêmicos da UPF e funcionários da DEAM, com a finalidade de qualificar o atendimento e expandir as ações envolvendo, também, a prevenção”, destaca a professora.


O Cepavi é vinculado ao curso de Psicologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) e à Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Vreac). Os casos recebidos são encaminhados por delegacias especializadas, escolas de ensino médio e fundamental e/ou serviços de orientação legal e de apoio social e psicológico. O projeto tem como estratégia a conscientização de toda a população para a rejeição da violência, bem como realiza atendimento psicoterápico individual, em grupo ou familiar.

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