Mais um passo para a ampliação do Presídio Regional de Passo Fundo foi dado nesta semana, com a visita do diretor de engenharia prisional da Susepe, Alexandre Nicol. O prédio não vai contar com segundo piso, como anunciado no primeiro momento, mesmo assim o número de celas deve aumentar. A expansão vai ocorrer a partir de uma reestruturação local.
As obras estão avaliadas em quase R$ 7 milhões, mas a planilha de valores ainda deve ser atualizada. Os recursos são do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) de 2017 e já foram repassadas para o Estado.
De acordo com o delegado da 4ª Região Penitenciária da Susepe, Rosalvaro Portella, a equipe de engenharia realizou vistorias em todas as galerias e, também, na área externa. “Ficamos um dia inteiro trabalhando com isso, tirando medidas nas celas e alojamentos. Estamos na fase do projeto e pretendemos realizar as alterações o quanto antes”, explica.
Com 307 vagas e uma lotação superior a 700 detentos, a penitenciária poderá abrigar até 500 apenados, de forma regular. “Ainda é cedo para afirmarmos quantas celas novas teremos, afinal, há um espaço individual pré-estabelecido que precisamos seguir, mas deve chegar próximo disso”, comenta.
Além dos cômodos, o dinheiro vai ser investido na hidráulica e elétrica do estabelecimento, que já estão ultrapassadas. “Tivemos um aumento brutal da massa carcerária e atingimos o extremo da superlotação. A intenção é tornar o presídio um lugar mais humanizado, mais digno de viver”, pontua.
Prazo
Ao contrário do que acontece com os recursos previstos para a construção da penitenciária feminina, o dinheiro destinado para a reforma não tem prazo para utilização. “Não temos uma data limite nem para começar, nem para concluir, mas o ideal é que se gaste o valor o quanto antes”, afirma.
Satisfeito com a vinda da equipe de engenharia da Susepe, ao município, Portella salienta que não há previsão para iniciarem as obras, porém, percebe que há uma vontade em fazer acontecer: “As vezes esbarramos em dificuldades, mas de um jeito ou de outro, se faz”, conclui.